Coluna Vitor Vogas
Tyago, Dary e Bruno: deputados do PSB têm contas rejeitadas
Tribunal Regional Eleitoral julgou irregulares as contas de campanha dos três correligionários, mas eles recorrerão e não deixarão de ser diplomados

No sentido da leitura: Tyago Hoffmann, Dary Pagung e Bruno Lamas
Por placar dividido (4 votos 3), o deputado estadual eleito Tyago Hoffmann (PSB) teve as contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), em julgamento realizado nesta quinta-feira (15).
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Um dos três deputados eleitos pelo partido do governador (e, dos três, o que obteve mais votos), Hoffmann foi considerado o homem forte do atual governo Casagrande, como secretário estadual de Governo e “supersecretário” de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento.
Agora, também desponta como potencial homem forte do próximo governo Casagrande, mas na Assembleia Legislativa. É um dos cotados para se tornar presidente da Casa, com o apoio do governador, ou líder do governo em plenário ou, ainda, ocupar outro cargo na Mesa Diretora.
Mas Hoffmann não foi o único correligionário do governador a sofrer um revés no TRE nesta quinta.
“Concorrente interno” do ex-secretário pela presidência da Mesa, o atual líder do governo, Dary Pagung (PSB), reeleito para mais um mandato, também teve as contas de campanha julgadas irregulares pelo TRE.
E, para provar que o dia realmente foi péssimo para o governo e para o PSB na frente de batalha do TRE, o atual deputado Bruno Lamas, 1º suplente do partido na Assembleia a partir de fevereiro, também teve as contas rejeitadas.
Igual decisão tomaram os juízes do TRE em relação às contas de outra aliada do atual governo, a deputada estadual reeleita Raquel Lessa (PP).
O caso de Hoffmann
No julgamento apertado das contas de campanha de Hoffmann, quem deu o voto de Minerva, desempatando o 3 a 3, foi o presidente do tribunal eleitoral, desembargador José Paulo Calmon Nogueira da Gama – o que é raro.
Ele seguiu o voto da relatora da prestação de contas de Hoffmann, a juíza Heloisa Cariello, também acompanhada por Ubiratan Almeida Azevedo e Namyr Carlos de Souza Filho.
Os três votos divergentes, pela aprovação das contas com ressalvas, foram dados por Rogério Moreira Alves, Renan Sales Vanderlei e Lauro Coimbra Martins.
Hoffmann disse à coluna que vai recorrer da decisão.
O caso de Dary Pagung
As contas do líder do governo, sob relatoria de Namyr Carlos de Souza Filho, foram igualmente julgadas irregulares, mas por unanimidade (7 a 0). Ele também informou à coluna que recorrerá da decisão.
O caso de Bruno Lamas
Com processo relatado por Renan Sales Vanderlei, as contas de Bruno Lamas foram rejeitadas por unanimidade (outro 7 a 0). Por intermédio de seu advogado, Marcelo Nunes, ele informou à coluna que vai recorrer.
Sem consequências imediatas
Nenhum dos citados nesta coluna (Tyago, Dary, Bruno e Raquel) deixará de ser diplomado pelo TRE na próxima segunda-feira (19), sendo Bruno como 1º suplente do PSB.
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