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Coluna Vitor Vogas

Direção nacional do Psol espera que Audifax apoie Lula

Em agem pelo ES para ajudar a resolver imes com a Rede, dirigentes nacionais do Psol também reafirmam candidatura própria ao Senado e chegada de Camila à Assembleia como prioridade

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Secretária nacional de Organização do Psol, Paula Coradi. Foto: Kauê Scarim

A direção nacional do Psol espera que o ex-prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede Sustentabilidade), apoie o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição à Presidência da República. Pré-candidato ao governo estadual, Audifax tem afirmado que poderá apoiar um candidato à Presidência que não seja o escolhido pela direção nacional da própria Rede (dividida entre Lula e Ciro). Mas o partido está federado com o Psol, que já definiu apoio a Lula.

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Em Vitória nas últimas terça (17) e quarta-feira (18) para tratar do cenário eleitoral no Espírito Santo, a secretária nacional de Organização do Psol, Paula Coradi, disse que Psol e Rede esperam que os candidatos da federação sigam a posição política definida nacionalmente pelos partidos:

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“Acho que isso será um debate dentro da federação, mas, nos diálogos nacionais que temos feito, tanto o Psol como a Rede têm uma posição política, e a gente espera que os candidatos da federação sigam essa posição política. Agora, se ele [Audifax] quer apoiar outro candidato à Presidência, a gente espera que ele faça esse diálogo dentro da federação.”

Entre terça e quarta-feira, Coradi e o secretário-geral do Psol, Israel Dutra, estiveram no Espírito Santo para participarem de rodadas de reuniões com dirigentes estaduais e nacionais da Rede, a fim de “facilitarem o diálogo” e ajudarem a destravar alguns pontos de ime existentes no Estado entre as duas siglas federadas. O maior de todos diz respeito à pré-candidatura de Audifax ao governo, pois representantes do Psol estadual relutam muito em apoiar o ex-prefeito da Serra, já que nem ele mesmo se considera um político de esquerda.

Coradi afirma que o Psol do Espírito Santo tem total autonomia para decidir sobre essa questão: “A definição ficará por conta do Psol do Espírito Santo. Nós viemos ajudar nesse diálogo, mas vamos respeitar o que o Psol no Espírito Santo decidir como melhor tática”. Ou seja, a direção nacional do partido dá liberdade aos psolistas capixabas para apoiarem outro candidato ao governo estadual, se assim decidirem.

Ainda de acordo com Coradi, a candidatura da vereadora de Vitória Camila Valadão a deputada estadual é tida como prioritária, no Espírito Santo, pela direção nacional do Psol. Nas conversas com a Rede, ela e Israel Dutra também reafirmaram a pré-candidatura ao Senado do historiador e servidor aposentado da Receita Estadual Gilbertinho Campos.

Na terça-feira, Coradi e Dutra reuniram-se com três dirigentes da Rede em um escritório usado por Audifax em Bairro de Fátima, na Serra (mas sem a presença do ex-prefeito): Laís Garcia (porta-voz estadual da Rede), Gustavo de Biase (membro da Executiva Nacional) e Jolhiomar Massariol (membro do elo estadual do partido e coordenador de governo de Audifax em sua última istração na Serra).

Segundo Laís Garcia, a Rede decidiu não se pronunciar sobre as tratativas com os dirigentes nacionais do Psol. As respectivas direções estaduais devem se reunir na semana que vem.

Confira o nosso pingue-pongue com Paula Coradi sobre o indefinido quadro da federação Psol/Rede no Espírito Santo:

No Espírito Santo, o Psol vai ou não vai apoiar a candidatura de Audifax ao governo?

Estamos dialogando para ver quais são os termos e quais são os nossos limites em relação à candidatura do Audifax. Acho que é possível que a gente chegue a um ponto em comum, e esse diálogo é importante, mas a definição ficará por conta do Psol do Espírito Santo. Nós viemos ajudar nesse diálogo, mas vamos respeitar o que o Psol no Espírito Santo decidir como melhor tática.

Os militantes psolistas no Estado poderão apoiar outro candidato ao governo que não o da própria federação, isto é, que não seja Audifax Barcelos?

Isso vai ar pelo que o Psol do Espírito Santo decidir. Não conseguimos chegar a uma conclusão, mas acredito que vamos seguir debatendo. Tudo vai depender de como a candidatura do Audifax vai se configurar. Há muitas questões que estão em aberto, e ainda não é possível vislumbrar um apoio ou não apoio. É uma decisão que o Psol do Espírito Santo vai tomar. Viemos aqui para facilitar que esse diálogo aconteça. O Psol no Espírito Santo tem capacidade política e nossa confiança para decidir e para fazer com que a federação funcione e tudo aconteça da melhor forma possível.

O Psol terá ou não terá o direito de indicar o candidato ao Senado na chapa de Audifax?

A gente apresenta o Gilberto [Campos] como nosso nome ao Senado, entendendo que há um diálogo aberto e franco para que isso aconteça. A Rede está aberta a dialogar conosco. Mas ainda precisamos nos sentar e conversar melhor sobre os termos em relação a essa candidatura. Podemos chegar a acordos em relação à chapa majoritária no Espírito Santo e vamos dialogar, sim, com a Rede sobre a possibilidade de ele ser o candidato da federação ao Senado, mas isso a por um diálogo que vai além do Psol, e estamos trabalhando para que isso aconteça. Quanto à chapa proporcional da federação no Espírito Santo, a gente reafirma a importância da candidatura da Camila Valadão a deputada estadual, que é prioritária para o Psol no Espírito Santo.

Audifax poderá realmente, como ele mesmo afirma, apoiar um candidato à Presidência que não seja nem o do Psol (Lula) nem o da própria Rede (dividida entre Lula e Ciro)?

Acho que isso será um debate dentro da federação, mas, nos diálogos nacionais que temos feito, tanto o Psol como a Rede têm uma posição política, e a gente espera que os candidatos da federação sigam essa posição política. Agora, se ele quer apoiar outro candidato, a gente espera que ele faça esse diálogo dentro da federação. Para nós, o apoio a Lula é muito importante e esse é um assunto de muito peso, como tática para derrotarmos Bolsonaro e nos livrarmos desse pesadelo que é esse governo. Não cabe a nós responder se ele [Audifax] vai poder ou não. Isso cabe à Rede decidir. A Rede precisa conversar bem sobre como vai tratar esse caso no Espírito Santo. Mas nossa posição é muito firme e não temos que titubear.

Vitor Vogas

Nascido no Rio de Janeiro e criado no Espírito Santo, Vitor Vogas tem 39 anos. Formado em Comunicação Social pela Ufes (2007), dedicou toda a sua carreira ao jornalismo político e já cobriu várias eleições. Trabalhou na Rede Gazeta de 2008 a 2011 e de 2014 a 2021, como repórter e colunista da editoria de Política do jornal A Gazeta, além de participações como comentarista na rádio CBN Vitória. Desde março de 2022, atua nos veículos da Rede Capixaba: a TV Capixaba, a Rádio BandNews FM e o Portal ES360. E-mail do colunista: [email protected]

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