Carneiro e Musso assumem Republicanos em SP e no ES

Roberto Carneiro foi anunciado por Marcos Pereira como novo presidente do partido Republicanos em São Paulo. Foto: Reprodução site de Marcos Pereira

Por causa do seu sobrenome e do partido do qual é dirigente, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o nome Roberto Carneiro enseja muitos trocadilhos ligados ao pastoreio de rebanhos. Comecemos, pois, este texto com um deles: o ex-presidente estadual do Republicanos acaba de ser nomeado para dirigir um rebanho bem maior.

Confirmando uma informação trazida por esta coluna na última sexta-feira (3), Roberto foi escolhido para assumir a presidência estadual do partido no estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. A informação foi publicada nesta segunda-feira (6) na página oficial do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente nacional do Republicanos e autor da decisão. O próprio Roberto a confirmou à coluna nesta tarde. 

Assim, o dirigente acaba de ser “promovido” na hierarquia partidária do Republicanos. 

No contexto da política capixaba, Roberto é o braço direito e principal articulador político de Erick Musso, filiado à legenda e agora sem mandato. Durante a gestão de Erick na Assembleia Legislativa (2017-2022), Roberto chegou a ser diretor-geral da Casa. Também foi secretário de Governo de Vitória em 2021, primeiro ano da istração do prefeito Lorenzo Pazolini, outro nome forte do Republicanos no Espírito Santo. 

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Com a ascensão de Roberto na cadeia de comando nacional da sigla, a presidência do Republicanos no Espírito Santo será mesmo assumida por Erick Musso, conforme também publicamos aqui na última sexta-feira. A informação é confirmada por Marcos Pereira. 

Em conversa com a coluna, Roberto explicou como chegou à presidência da agremiação em São Paulo. Segundo ele, o que mais pesou no convite foram o bom desempenho eleitoral do Republicanos no Espírito Santo nas últimas três eleições (acima da média nacional da sigla) e a relação de confiança desenvolvida por ele com Marcos Pereira:  

“A construção não foi premeditada. Em novembro do ano ado, fui conversar com o presidente Marcos Pereira, agradeci e disse a ele que achava que meu ciclo na presidência do partido no Espírito Santo estava se encerrando. E, nessa conversa, ele me perguntou se eu não topava ir para São Paulo, num projeto novo e maior com ele. Eu disse que dependia das condições, a gente foi tratando disso no dia a dia e, em meados de janeiro, as conversas culminaram com o convite dele, que eu aceitei. Concluímos que esse movimento vai ser bom para todo mundo.”

Estado mais importante do país dos pontos de vista político e econômico, São Paulo agora é governada pelo Republicanos, com Tarcísio de Freitas. É a única unidade federativa istrada pela sigla.

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Agora, Roberto tem pela frente dois desafios: organizar o partido em São Paulo para eleger mais prefeitos em 2024 e para eleger mais deputados federais pelo estado em 2026. 

Dos 645 municípios paulistas, o Republicanos governa menos de 30 (pouquíssimo para um partido que tem o governador do estado). Nas eleições do ano ado, a legenda só fez cinco dos 70 integrantes da bancada paulista na Câmara Federal. 

Na matéria publicada no site de Marcos Pereira, o agora 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados (por sinal, capixaba de Linhares) afirmou o seguinte:

“Temos feito mudanças em vários estados em vista da necessidade de oxigenar o comando do partido. O próximo desafio em São Paulo é aumentar o número de prefeitos, mas um aumento com qualidade”, disse Marcos Pereira.

O Republicanos

Ex-PRB, o partido se proclama “o verdadeiro partido conservador do Brasil”. Na prática, é comandado nacionalmente pela cúpula da IURD. Já esteve na base dos governo Lula e Dilma, mas foi uma das principais siglas de sustentação do governo Bolsonaro e fez parte da coligação do ex-presidente na tentativa frustrada de reeleição, no ano ado.

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Atualização

Logo após a publicação desta coluna, a assessoria de Erick Musso enviou à imprensa uma nota confirmando a chegada do ex-deputado à presidência do Republicanos no Espírito Santo.