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Coluna Vitor Vogas

Os planos de Magno Malta para o PL na próxima eleição municipal do ES

“O PL tem uma determinação: nós seremos cabeça em todos os municípios”, afirma senador, que também lista os potenciais parceiros

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Magno Malta é presidente do PL no ES. Foto: Divulgação

O senador Magno Malta avisa: após o grande desempenho eleitoral no Espírito Santo e no Brasil inteiro em 2022, o Partido Liberal (PL) quer ser protagonista nas próximas eleições municipais, o que a por lançar candidato próprio a prefeito em todos os maiores municípios do Estado.

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“O PL tem uma determinação: nós seremos cabeça em todos os municípios. Onde não der, nós estaremos negociando com os partidos de quem somos aliados. E a princípio, no Espírito Santo, na Grande Vitória, nos grandes municípios e nos pequenos, nós estamos trabalhando para fazer chapas de vereadores e para que o partido tenha um grande desempenho, como teve [em 2022]. Foi a segunda maior votação do Estado.”

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A meta para 2024 assim, é ocupar a cabeça da chapa ao Executivo em todas as cidades onde isso for possível. Onde não for, o PL, presidido no Estado por Magno, vai se sentar para negociar com as forças aliadas ao partido no mesmo lado do espectro político: o da direita conservadora. Magno especifica os potenciais parceiros eleitorais, daquele seu jeito grandiloquente:

“O PL nacional é o segundo maior partido de direita do mundo. Nós somos o maior partido de direita da América Latina. Foi mudado o estatuto do partido. Nós não conversaremos com a esquerda. Não nos aliaremos à esquerda. O partido certamente caminhará num pluripartidarismo conservador, que envolve PP e PRB [o atual Republicanos] a nível nacional, e também agora o fato de o senador Girão ter ido para o Novo, o Marcel van Hattem [deputado federal do Novo-RS], estamos todos alinhados numa direita conservadora, como somos. E é assim que vamos proceder.”

Na última eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PL) teve em sua coligação o PP e o Republicanos, citados com destaque por Magno. Na eleição para o governo do Espírito Santo, a situação foi diferente. O PL foi representado por Manato, mas o PP apoiou formalmente, desde o 1º turno, a reeleição de Renato Casagrande (PSB). Já o Republicanos ficou neutro nos dois turnos. O Novo lançou Aridelmo Teixeira, que apoiou Manato no 2º turno e foi prematuramente anunciado por ele como seu secretário estadual da Fazenda.

Pensando grande e na frente, Magno destaca o quanto as eleições municipais de 2024 constituem uma escala estratégica, fundamental para o sucesso do partido na eleição estadual seguinte e para o cumprimento de sua meta maior: chegar ao Governo do Estado, após ter ado perto no ano ado.

“Nós estamos conversando nesse espectro partidário. Não falaremos com a esquerda. A esquerda vai caminhar com a própria esquerda. O problema da esquerda é ideológico. O nosso não. Nós somos conservadores. E queremos fazer prefeitos conservadores, vereadores conservadores, para em 2026 a gente ter de fato condição de eleger um governador conservador e um senador conservador. Serão duas vagas, e certamente o PL fará uma novamente.”

Cortou o pescoço

Ao que parece, as ambições de Magno agora estão ainda mais elevadas. Desta vez, ele “cortou o pescoço”. Em diversos contextos eleitorais anteriores, o senador declarou que “onde não formos cabeça, seremos pescoço”. É praticamente um dos bordões de Magno, que pode ser assim traduzido: onde o partido não tiver a cabeça da chapa, terá o candidato a vice. Mas agora ele só fala em “cabeça”. Nenhuma menção a “pescoço”.

“Estamos discutindo, mas na estatura do partido”, explica Magno.

É compreensível.

Afinal, na eleição de 2022, apesar das derrotas de Bolsonaro e de Manato, o partido saiu-se esplendidamente nas eleições parlamentares, inclusive no Espírito Santo, com o retorno dele mesmo ao Senado, a chegada de Gilvan da Federal sem escalas à Câmara Federal (diretamente da Câmara de Vitória) e a eleição da maior bancada na Assembleia, com cinco deputados estaduais.

É tanta gente eleita que Magno até se confundiu: contou apenas “quatro deputados estaduais”.

Assumção em Vila Velha? “Tudo é possível”

No PL, hoje, potenciais candidatos não faltam às prefeituras de algumas das maiores cidades capixabas. Para citar alguns dos cotados, em Vitória, Gilvan e o deputado estadual Capitão Assumção; na Serra, o vereador Igor Elson; em Vila Velha, o vereador Devacir Rabello; em Cachoeiro, o deputado estadual Callegari e o suplente de federal Junior Corrêa.

Alguns agentes políticos de Vila Velha comentam que Assumção poderia transferir para o outro lado da Terceira Ponte seu título eleitoral, hoje em Vitória, para na verdade concorrer à sucessão de Arnaldinho Borgo (Podemos), desafiando o atual prefeito como representante da direita bolsonarista assumida.

Mas o próprio Assumção tem elogiado Arnaldinho. Na semana ada, o vereador Devacir Rabello foi recebido no plenário da Assembleia durante uma semana ordinária. Do microfone, durante os cumprimentos ao correligionário, o deputado do PL declarou que “Arnaldinho está fazendo uma excelente gestão”.

Por outro lado, questionada especificamente sobre essa possibilidade, a assessoria de Magno Malta a manteve em aberto: “Não foi batido o martelo para nada. Capitão Assumção se colocou à disposição do partido para ser pré-candidato. Então, tudo é possível”.

Magno deu as declarações à coluna por intermédio de sua assessoria, que nos enviou um áudio gravado por ele – como costuma proceder o senador.