Coluna Vitor Vogas
O que diz Sérgio Vidigal sobre o anúncio programado para o sábado
Prefeito afirma que a projeção que tem dado a seu pupilo, Weverson Meireles, não é só uma cortina de fumaça e que tem missão reservada para ele

Weverson Meireles (ao centro), entre Sérgio Vidigal e Renato Casagrande. Foto: Reprodução Instagram
Falando com exclusividade ao Portal ES360, Sérgio Vidigal (PDT) afirma que a projeção que tem dado a seu chefe de gabinete e pupilo, Weverson Meireles, não é só uma cortina de fumaça. O prefeito da Serra confirma: “Weverson é um quadro que vai ser formado para alguma missão”. A missão reservada para ele já pode ser cumprida no pleito deste ano.
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Em evento do PDT marcado para o próximo sábado, às 9 horas, no cerimonial Porto Belo, no bairro Jardim Limoeiro, Vidigal realizará uma prestação de contas do seu atual governo na Serra (o quarto liderado por ele) e fará um anúncio muito aguardado. A expectativa é que, na oportunidade, ele e a tratar Weverson Meireles como seu pré-candidato à sucessão.
Explicado em detalhes aqui, esse movimento está inserido em uma estratégia maior. Nos próximos meses, Vidigal e o PDT devem ar a testar o potencial de crescimento eleitoral de Weverson. Na convenção municipal de julho, o partido poderá referendar a candidatura dele, ou Vidigal pode acabar assumindo a candidatura à reeleição, dependendo da evolução do cenário.
Nesta pequena entrevista exclusiva, Vidigal não confirma o lançamento da pré-candidatura de Weverson, mas dá novos sinais. “Aqui na Serra, se você observar, eu sempre trabalhei com formação de novas lideranças”, ressalta, citando Manato (PL) e Audifax Barcelos (PP). “A política é muito dinâmica, e é preciso que a gente tenha alternativas para o futuro da cidade.”
Eis o pinga-fogo completo:
O que exatamente está programado para sábado?
Vidigal: Será um evento do PDT, não da prefeitura, no cerimonial Porto Belo, a partir das 9 horas. Faremos uma prestação de contas do governo do PDT na Serra e a nossa convenção municipal para escolha do nosso novo Diretório e da nossa nova Executiva. Na oportunidade, vamos falar um pouco do meu futuro político e do futuro do PDT na Serra.
Esse futuro a pelo Weverson?
Vidigal: A gente vai analisando, vai analisar… Acho que o Weverson é um quadro bom. No retorno dele [à Prefeitura da Serra, desde dezembro], ele está com o compromisso de coordenar o Planejamento Estratégico 24-44. É o papel dele neste momento. É lógico que o Weverson é uma pessoa que tem uma certa experiência. Quando fui secretário de Políticas Públicas do Ministério do Trabalho, o Weverson me assessorou. Ele foi secretário de Estado de Turismo. Pela segunda vez, é secretário municipal. Então é um quadro que também pode estar em construção.
O senhor está realmente considerando lançar o Weverson a prefeito da Serra?
Vidigal: Ainda não está tomada a decisão em relação a isso. A gente tem alguns quadros.
Mas lançá-lo em seu lugar é mesmo uma das alternativas? O senhor realmente trabalha com essa possibilidade?
Vidigal: Aqui na Serra, se você observar, eu sempre trabalhei com formação de novas lideranças. O ex-deputado Manato foi uma liderança formada aqui na Serra. O Audifax foi formado aqui na Serra. Temos outros parceiros que são deputados e foram formados aqui. Então a gente trabalha com formação de novas lideranças. A política é muito dinâmica, e é preciso que a gente tenha alternativas para o futuro da cidade.
Então quais são alternativas hoje na mesa?
Vidigal: Não tenho definido. A convenção de escolha de candidatos será em julho. De agora até lá, vamos discutir.
Então esse negócio do Weverson não é uma cortina de fumaça?
Vidigal: Não.
Ele é uma alternativa real?
Vidigal: O Weverson é um quadro que vai ser formado para alguma missão.
Já neste pleito?
Vidigal: Não sei. Para alguma missão, sim.
NOTAS
Possível chapa puro-sangue
Entre agentes políticos da Serra, começa a crescer a especulação de que, na hora da verdade, entre julho e agosto, o PDT pode optar por registrar uma chapa puro-sangue, com Vidigal na cabeça e Weverson como candidato a vice. Seria uma maneira de promover um equilíbrio geracional, apresentando ao eleitorado a experiência de Vidigal (66 anos) mesclada com a juventude de Weverson (32 anos).
Nesse caso, a missão preparada para Weverson, aludida por Vidigal, seria dupla: completar a chapa dele nesse pleito, aportando o seu frescor político e, em caso de vitória nas urnas, ser lançado, sim, a sucessor de Vidigal, mas na eleição seguinte, em 2028.
Como vice-prefeito, Weverson seria o candidato natural à sucessão, exerceria protagonismo já na próxima gestão e, com quatro anos a mais de rodagem na máquina pública, estaria muito mais preparado para se candidatar a prefeito daqui a quatro anos.
Vale repetir aqui a sugestiva parte final da entrevista de Vidigal:
Ele é uma alternativa real?
O Weverson é um quadro que vai ser formado para alguma missão.
Já neste pleito?
Não sei. Para alguma missão, sim.
E quanto aos partidos aliados?
Pode-se atalhar que a ideia de uma chapa puro-sangue não agradaria nada aos partidos aliados do PDT na Serra, como o Podemos e o PSB. Acontece que tais partidos não têm hoje um nome forte o bastante para “impor” a Vidigal como vice em troca do apoio eleitoral. A escolha do companheiro de chapa será mesmo inteiramente de Vidigal, de forma pessoal e intransferível.
PL e Novo querem horário eleitoral na Serra
Enquanto isso, as comissões municipais do PL e do Novo entraram com petição cível no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo que a eleição na Serra tenha propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV, com inserções e blocos do horário eleitoral gratuito. A ação está sob a relatoria do desembargador Dair José Bregunce de Oliveira, vice-presidente do TRE.
Na Serra, o PL tem a pré-candidatura a prefeito do vereador Igor Elson. O Novo tem aliança com o PL na cidade e quer indicar o vice na chapa de Igor Elson.
