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Coluna Vitor Vogas

Ex-deputado do PSB assume comando do DER-ES no lugar de Maretto

Mas o ex-diretor-presidente continuará no órgão, em cargo criado sob medida para ele. Mudanças serão publicadas nessa terça (4) no Diário Oficial

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Luiz Cesar Maretto e Eustáquio de Freitas

O ex-deputado estadual Eustáquio de Freitas (PSB) assumirá nessa terça-feira (4) o cargo de diretor-presidente do Departamento de Edificações e Rodovias do Espírito Santo (DER-ES).

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Como antecipamos aqui no dia 21 de março, o político de São Mateus substituirá no posto o engenheiro e servidor de carreira do órgão Luiz Cesar Maretto (PSB). Este, por sua vez, assumirá o cargo de diretor executivo geral do DER-ES, criado por meio de projeto de lei do governo estadual aprovado na Assembleia Legislativa na última terça-feira (28) e sancionado pelo governador Renato Casagrande, mudando a estrutura organizacional do órgão.

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As nomeações de Freitas e Maretto para os novos cargos serão publicadas na edição dessa terça do Diário Oficial do Estado.

Além de buscar resolver questões estruturais e dar maior celeridade ao órgão responsável pelas obras tocadas pelo Governo do Estado – considerado lento até por governistas –, a mudança também atende a objetivos políticos.

Foi uma solução diplomática achada por Casagrande para encaixar em posição de destaque, no segundo escalão do governo, um ex-deputado muito leal a ele, mantendo Maretto, outro correligionário, em outra posição de destaque no mesmo órgão.

Na prática, pode-se dizer que Maretto sofreu um pequeno “rebaixamento”, ando de nº 1 a nº 2 na cadeia de comando do DER-ES, mas ele seguirá com poderes executivos, como sugere o nome do cargo recém-criado para ele.

A partir dessa terça-feira, como diretor executivo geral, Maretto ará a se dedicar exclusivamente à área operacional do DER-ES, enquanto o novo diretor-presidente se concentrará na parte de planejamento e de representação institucional – além, é claro, da atuação mais política.

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O atual DER-ES resultou da fusão, em 2019, do então Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo com o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes). Com a mudança, feita no primeiro ano do governo ado, Casagrande pretendia conferir maior agilidade à execução das obras do Estado, mas o tiro saiu pela culatra e o novo DER-ES, resultante da fusão, acabou ficando pesado. Essa é a avaliação predominante dentro da própria istração.

O próprio Freitas explica como será a divisão de tarefas daqui para a frente:

“Maretto continuará fazendo um trabalho interno e com ascendência técnica sobre as outras diretorias. Ele terá muito mais oportunidade de trabalhar o planejamento do órgão, porém agora juntamente comigo, e poderá se dedicar exclusivamente à parte operacional. Com a fusão com o Iopes, o DER-ES ficou lento, burocratizado. O governo fundiu os dois órgãos com o objetivo de dar mais celeridade, mas, como faltou um diretor institucional, o diretor-presidente [Maretto] ficou sobrecarregado”, afirma o ex-parlamentar, candidato a deputado federal não eleito em 2022.

“Agora, vou tirar a sobrecarga de um diretor altamente técnico e vou fazer toda a parte institucional para dentro do governo e para fora, com os 78 prefeitos e com a bancada federal, além de acompanhar, é óbvio, todo o planejamento do órgão”, completa Freitas.

O projeto de lei do governo aprovado na semana ada na Assembleia foi feito tão sob medida para Freitas que uma emenda também aprovada, apresentada pelo líder de Casagrande, Dary Pagung (PSB), mudou os pré-requisitos para preenchimento de qualquer diretoria no DER-ES, incluindo o cargo de diretor-presidente. O ocupante deste, agora, não precisa mais ter ensino superior.

Freitas é produtor rural e empresário do ramo farmacêutico no norte do Espírito Santo, mas não tem diploma universitário.