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Bem-estar

Surto de sarampo no Norte do país acende alerta sobre vacinas

Imunizante contra a doença é oferecido gratuitamente pelo SUS em todo o território nacional

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O Estado do Amapá, no Norte do país, vive um surto do sarampo ao superar, num período de quatro meses e meio, todos os casos da doença registrados ao longo de 2020. Até o dia 11 deste mês, foram registrados por lá casos de 320 pessoas com sarampo, diante de 297 entre janeiro e dezembro do ano ado. Dois bebês perderam a vida pela doença. A notícia provoca um alerta nos demais estados, tendo em vista que a Covid pode estar ofuscando a importância de se vacinar contra outras doenças.

No entanto, a presença de uma pandemia não pode ser motivo para que a população deixe de tomar as vacinas ou levar suas crianças para serem vacinas, aponta a infectologista e pediatra da Unimed Vitória Euzanete Coser. “Manter as vacinas em dia para adultos e crianças é importante principalmente para que as doenças que, sabidamente podem ser protegidas por vacinas, não retornem”, reforça.

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A especialista avalia que se a cobertura vacinal da população baixar, voltarão a ocorrer casos de doenças como poliomielite, sarampo e coqueluche, por exemplo. “Sem a imunização aumenta o aparecimento de doenças que, graças às vacinas, protegeram as pessoas e reduziram a mortalidade por tanto tempo”.

Oferecida pelo SUS, a vacina de sarampo é uma das imunizações oferecidas pela tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Normalmente, as crianças são imunizadas com um ano de idade, e têm um reforço com um ano e três meses. “Quando há surto ou contato com o sarampo é feita uma dose extra. Um adulto não vacinado ou que não tenha carteira de vacinação tem que tomar duas doses, com intervalo de um a três meses. Os adultos podem tomar a vacina em qualquer momento da vida, geralmente até os 60 anos de idade. Após 60 anos, a indicação de vacina é avaliada individualmente”, analisa Euzanete.

Risco de surto

A expansão do surto de sarampo pode alcançar o país por tratar-se de uma doença muito transmissível. “Os sintomas são febre alta, queda do estado geral, conjuntivite, uma manchinha na boca chamada sinal de Koplik [pequenos pontos brancos que possuem um halo avermelhado], além das manchas pelo corpo”, detalha a médica.

O sarampo complica quando junto a uma pneumonia, e geralmente provoca febre muito alta. “O risco de mortalidade é alto. Estamos com medo do Covid, mas a mortalidade do Covid nem é tão alta quanto a mortalidade do sarampo. A gente tem que estar protegido, com a vacina em dia. Vale lembrar que a vacina é para criança, adolescente, adulto, idoso e gestante”.

Bebê de 7 meses é o segundo caso de sarampo no estado. Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Um dos sintomas de Sarampo são manchas pelos corpo. Foto: Divulgação/Ministério da Saúde