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Bem-estar

Purple Day: conheça os mitos e verdades sobre a epilepsia

A doença neurológica afeta todas as idades e é lembrada no Dia Internacional da Epilepsia, ou Purple Day, neste sábado

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Purple Day: conheça os mitos e verdades sobre a epilepsia. Foto: Pixabay.

Presente em cerca de três milhões de brasileiros, a epilepsia é uma doença neurológica que altera as descargas elétricas cerebrais, gerando comportamentos involuntários.

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As crises epilépticas se manifestam por meio de alterações da consciência ou dos movimentos sensoriais e gera suor excessivo, queda de pressão ou psíquicos involuntários. A doença afeta pessoas de todas as faixas etárias e tem causas diversas.

Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que são mais de 50 milhões de pessoas no mundo epilépticas. Geralmente, a doença tem início na infância, até os cinco anos de idade.

Da totalidade dos casos, uma média de 70% a 80% desaparece na adolescência, porém, 20% a 30% podem ser consideradas graves e permanecem até o fim da vida.

Neste sábado, 26, é o Dia Internacional da Epilepsia, ou Purple Day (Dia Roxo, traduzido do inglês) e o médico neurocirurgião Ulysses Caus Batista fala sobre os mitos e verdades sobre a doença. Acompanhe:

Pessoas com epilepsia precisam tomar medicamentos para o resto da vida.

Mito. “As crises epilépticas podem ser controladas com os remédios anticonvulsivantes. Durante o tratamento, o paciente precisa ter uma vida um pouco mais regrada como evitar bebidas alcoólicas, perder o sono ou ar por situações muito estressantes. No entanto, com a redução da quantidade de crises, a medicação fica otimizada e, eventualmente, será suspensa”.

No momento da crise, a pessoa pode enrolar a língua e ficar sem respirar.

Mito. “A crise em que o paciente cai no chão e se debate é chamada de crise convulsiva tônico crônica. São dois cenários: o primeiro, é a fase tônica, em que o paciente fica enrijecido e no final da crise ele faz uma respiração forte e com ruído. Neste ponto, entra a fase crônica, caracterizado por movimentos involuntários e perda da consciência. O paciente não vai enrolar a língua, por isso que não pode colocar a mão ou objetos dentro da boca de quem está tendo a crise. O mais importante é proteger a cabeça e virar a pessoa para o lado esquerdo, porque se tiver com o estômago cheio isso vai evitar vômito”.

Existem vários tipos de crises epilépticas.

Verdade. “São vários tipos de crises: parcial simples, quando existe um movimento crônico de certo músculo e o paciente fica consciente; parcial complexa, quando existe a perda de consciência, além dos movimentos involuntários; e as crises generalizadas, que são as mais comuns, com perda de consciência e desmaio”.

A epilepsia só acomete as crianças.

Mito. “A grande maioria das crises aparecem na infância, quando é possível identificar que a pessoa tem epilepsia. No entanto, pode aparecer na fase adulta, mas é preciso investigar se não há problemas secundários como tumor ou alguma outra doença”.

As crises epilépticas podem ser controladas.

Verdade. “Muitos pacientes não precisam de tratamento depois de dois ou três anos sem crise convulsiva, a gente não fala de cura, mas sim tratamento e controle. No entanto, com o tratamento suspenso, a maioria das pessoas am a vida inteira sem crises epilépticas”.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito a partir da suspeita e depois com exames complementares. O exame mais indicado, que analisa a atividade elétrica cerebral, é o eletroencefalograma (EEG).

Outro exame feito e durante a avaliação, assim como em outras doenças neurológicas, é a Ressonância Magnética, realizado por meio de imagens tridimensionais e permite avaliar a estrutura cerebral e possíveis lesões cerebrais.

Como a epilepsia possui inúmeras causas, muitas vezes, são feitos outros exames, como líquor, para estudos bioquímicos ou pesquisa de anticorpos ou, ainda, estudos genéticos.