Bem-estar
Pressionado, Pazuello diz ao Senado que toda a população será vacinada em 2021
A versão mais recente do plano nacional de imunização, de 29 de janeiro, não aponta um prazo para a vacinação da população

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello durante cerimônia de divulgação do edital de licitação do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde-CIBS, na Fiocruz. (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira, 11, que toda a população brasileira será imunizada ainda neste ano contra a covid-19. “Vamos vacinar o país em 2021 50% até junho, 50% até dezembro da população ‘vacinável’ (menores de 18 anos, por exemplo, não estão sendo vacinados). Esse é nosso desafio. É o que estamos buscando, vamos fazer”, disse Pazuello.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Pazuello participa de audiência com senadores nesta quinta-feira, 11. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirma que esta reunião pode ser decisiva para uma abertura de I sobre a atuação do governo federal na pandemia da covid-19.
A versão mais recente do plano nacional de imunização, de 29 de janeiro, não aponta um prazo para a vacinação da população. A primeira edição, lançada em 16 de dezembro, afirmava que grupos prioritários seriam imunizados até metade do ano. O resto da população seria vacinada nos 12 meses seguintes, ou seja, até o meio de 2022.
No ritmo em que a vacinação contra a covid-19 é conduzida no Brasil, o país levaria mais de quatro anos para ter toda a sua população imunizada. O cálculo é do microbiologista da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Gustavo de Almeida. Ele lembrou que, durante a campanha de vacinação contra a gripe em março do ano ado, já em plena pandemia do novo coronavírus, os brasileiros vacinavam até um milhão de pessoas por dia. Atualmente, a média de imunizações diárias é de um quinto disso, 200 mil pessoas.
O encontro com os senadores também ocorre no momento em que Pazuello é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta omissão para evitar o colapso de saúde em Manaus (AM). Com estoques de cilindros zerados em algumas unidades de saúde, pessoas morreram por asfixia e outras precisaram ser transferidas para receber atendimento médico em outros estados. No último dia 4, o general prestou depoimento à Polícia Federal neste inquérito.
Estadão Conteúdo
