Morte de Ennio Morricone reacende alerta para queda de idosos

Idosos estão mais sujeitos a riscos de cerveja contaminada, dizem especialistas. Foto: Pixabay

Com o ar dos anos e a chegada da velhice, uma simples queda toma proporções que podem levar a fatalidades. O italiano Ennio Morricone, um dos maiores compositores da história do cinema, morreu aos 91 anos, nesta segunda-feira (6). Ele havia fraturado o fêmur 10 dias atrás e veio a óbito em uma clínica de Roma. Poucas semanas antes do acidente, Morricone, demonstrando boa saúde, recebeu o prêmio Princesa de Astúrias, na Espanha.

A SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) frisa que quedas constituem a 6ª causa de óbito em pessoas com mais de 65 anos. Estima-se que 30% das pessoas acima dessa faixa etária sofram quedas ao menos uma vez por ano, sendo essas responsáveis por 70% das mortes acidentais em pessoas com 75 anos ou mais.

Segundo o ortopedista Bernardo Terra, as quedas geralmente provocam a fratura da região do quadril, consequentemente o idoso necessita de internação. Nesse processo, a movimentação fica limitada e esse paciente ficará deitado na maior parte do tempo, o que pode acarretar pneumonia, risco de trombose ou escaras. Uma sucessão de doenças que podem levar à morte.

Ainda de acordo com Bernardo Terra, as fraturas mais comuns nessa faixa etária são as de quadril, punho, ombro e coluna vertebral. “De 30 a 50% dos idosos apresentam grau de desnutrição. Essa desnutrição não é consequência apenas da ingestão insuficiente de nutrientes, mas da ingestão inadequada do ponto de vista de qualidade e quantidade – ocorre de ter pacientes acima do peso, porém desnutrido. A osteoporose pode ser um desses fatores que favorece as complicações da fratura: o osso tem dificuldade para colar”.

Prevenção

A SBOT lançou no dia 27 de setembro de 2005 a Campanha Nacional de Prevenção a Quedas de Idosos visando orientar a população sobre o risco de queda e sua prevenção. A medida é fundamental uma vez que cerca de 60% das quedas ocorrem em casa, durante as atividades do dia-a-dia, sendo que 25% delas são resultantes de “perigos domésticos”, como pisos escorregadios, pouca luminosidade e disposição inadequada de móveis. O trajeto quarto-banheiro, principalmente à noite, é considerado o de maior risco na moradia. Enquanto alguns fatores de risco para a queda não podem ser modificados, como o envelhecimento, outros podem ser facilmente eliminados ou reduzidos.

O ortopedista alerta para as medidas de prevenção que devem ser adotadas em casa, como: não usar tapetes, usar pisos antiderrapantes no banheiro, colocar guias para o idosos se segurar perto do vaso e no box, elevar o assento do vaso – ele tira menos o pé do chão –, e o calçado deve ser adequado, solado mais firme e frente fechada

Veja o vídeo com medidas de prevenção