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Bem-estar

Maio Vermelho: alcoolismo é fator de risco para câncer de boca

A comunidade médica alerta a população sobre a importância do cuidado com a saúde da boca

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Polícia mineira apura se cerveja causou doença misteriosa; fabricante recolhe lote. Foto: Pixabay

Cerveja. Foto: Pixabay

 

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Quatro em cada 10 brasileiros afirmaram ter aumentado o consumo de álcool durante a pandemia, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde. A realidade traz um alerta preocupante, já que o etilismo é fator de risco para várias doenças, inclusive alguns tipos de câncer, como de boca e de cabeça e pescoço.

Neste mês de maio, a comunidade médica alerta a população sobre a importância do cuidado com a saúde da boca e prevenção ao tumor maligno bucal. A doença está entre as 10 de maior incidência no país.

Vários estudos, como o do NIAA (Instituto Nacional de Abuso de Álcool e de Alcoolismo), instituto norte-americano que é referência no tema, também ligam o alerta sobre a ingestão de bebidas alcoólicas.

“O consumo de álcool, principalmente em excesso, é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer bucal. O etilismo também favorece o desenvolvimento de outros tipos de câncer, como de faringe, laringe, fígado, estômago e outros. Se combinado com tabaco, o risco é ainda maior”, alertou a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa.

No caso do câncer de boca, outros fatores também estão relacionados à doença e merecem atenção, como maus hábitos de higiene oral e o vírus HPV.

Segundo a oncologista, priorizar limpeza bucal, como escovação adequada e uso do fio dental, também estão entre as práticas de prevenção.

“É preciso ir ao dentista periodicamente, além de ficar atento a lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam, sangram com facilidade e crescem”, explica a oncologista.

Vírus HPV

A especialista também alerta que, nos últimos anos, foi detectada a relação entre o vírus HPV e os tumores orofaríngeos (base da língua e garganta). Por isso, recomenda-se o uso de preservativo nas relações sexuais e a vacinação de meninos, de 11 a 14 anos, e meninas, de 9 a 14 anos, contra o HPV. Mulheres imunossuprimidas, com até 45 anos, também podem ser vacinadas gratuitamente contra a doença.

“A maioria dos casos, infelizmente, é diagnosticada em estágios avançados. A doença é mais frequente em homens, a partir dos 40 anos, e apresenta melhor prognóstico quando descoberta e tratada em estágios iniciais”, informou a oncologista Virgínia Altoé Sessa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a prevenção pode chegar a 25% de redução na incidência desse tipo de câncer até o ano de 2025.

Foram estimados 11.180 casos novos da doença em homens e 4.010 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022. As regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de incidência e de mortalidade da doença.