Bem-estar
Diverticulite: casos como o do Papa Francisco são cada vez mais comuns
Os divertículos são pequenas bolsas que se formam com o tempo na parede do cólon

Papa teve alta do hospital após ar por cirurgia. Foto: Divulgação/Vatican Media e @cookie_studio/Freepik
Com a notícia de que o Papa Francisco iria ar por uma cirurgia no cólon acendeu o tema sobre uma doença pouco falada, mas cada vez mais comum no mundo ocidental: a diverticulite.
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Os divertículos são pequenas bolsas que se formam com o tempo na parede do cólon. Dessa forma, ele ocorre quando os divertículos inflamam ou infeccionam.
O professor de medicina da UVV e médico cirurgião geral do aparelho digestivo Paulo Alves explica que o sintoma mais comum é uma dor forte no canto inferior esquerdo do abdômen e pode estar associada a náuseas, vômitos e algumas vezes febre.
Na maioria dos casos são encontrados na população ocidental acima dos 60 anos e como a população do mundo está envelhecendo cada vez mais, estudos indicam que as chances de desenvolver a doença diverticular aumentam cada vez mais.
A doença também afeta mais as mulheres entre os 50 e 70 anos, enquanto pacientes do sexo masculino abaixo dos 50 anos são predominantemente homens.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil há uma prevalência de 30% da doença entre pessoas com 60 anos e de 65% com mais de 80 anos.
Médico também explica que no caso do Papa Francisco, ele teve uma complicação tardia da diverticulite, que é um estreitamento da luz do intestino devido a inflamação crônica e que isso ocorre geralmente quando se tem vários episódios.
Ele também esclarece que é possível evitar a doença com algumas medidas.
“Ela está muito associada, entre outros fatores, a obesidade. Estudos mostram que em pacientes obesos o quadro pode evoluir para diverticulite além dos pacientes com baixa ingestão de fibras também tem incidência maior. Ocorre também em sedentários, bem como nas pessoas hábitos relacionados com a ingestão crônica de antinflamatórios. Tudo indica que fazer exercícios físicos além consumir frutas e verduras têm efeito protetor sobre essa doença”, conclui.
