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Com ouros no goalball e atletismo, Brasil iguala melhor campanha em Paralimpíadas
Seleção masculina e Thiago Paulino fazem País alcançar 21 medalhas douradas em Tóquio, mesmo número de Londres

Inédita medalha de ouro na Paralimpíada conclui uma longa espera. Foto: Ale Cabral/B
Faltando dois dias para acabar os Jogos Paralímpicos de Tóquio e com diversas provas ainda a serem disputadas, o Brasil já igualou a melhor campanha em Paralimpíadas, os 21 ouros conquistados em Londres. A marca veio graças à vitória na final do goalball masculino, em que o Brasil bateu a China, e a Thiago Paulino, no arremesso de peso. Além disso, o Brasil também teve mais dois bronzes no atletismo, um no taekwondo, uma prata na canoagem e fechou a natação com outro bronze.
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Atletismo

João Victor Teixeira é bronze no lançamento de disco em Tóquio. Foto: Wander Roberto/B/@wander_imagem
A primeira medalha do dia foi de João Victor Teixeira ficou em terceiro lugar e garantiu a medalha de bronze na final do lançamento de disco masculino F37, ao lançar a 51.86m. Foi a segunda do atleta brasileiro, que também completou o pódio no arremesso de peso. O ouro foi de Haider Ali, que conquistou a primeira vitória paralímpica do Paquistão na história, e a prata do ucraniano Mykola Zhabnyak.
De manhã, os brasileiros fizeram bonito na prova do arremesso de peso da classe F57 (atletas cadeirantes com lesão na coluna). Thiago Paulino conquistou ouro com a marca de 15,10m, novo recorde paralímpico, enquanto Marco Aurélio Borges conseguiu o bronze com a marca de 14,85m. A prata foi do chinês Guoshan Wu (15m).
Arremesso de peso F57 em duas imagens.
Thiago Paulino é 🥇
Marco Aurélio é 🥉O Brasil sobe ao pódio duas vezes e você vai ficar desidratado em dobro de tanta emoção.
📷 Takuma Matsushita/B#JogosParalimpicos #paralympics #ParalimpicoEmTóquio pic.twitter.com/q2Dr1lAcCY
— Comitê Paralímpico Brasileiro -ブラジルパラリンピック委員会 (@boficial) September 3, 2021
Goalball
A seleção masculina conseguiu uma grande vitória, dominando a China na final. Terminou o primeiro tempo vencendo por 2 a 0 e, no segundo, conseguiu ampliar a vantagem, fechando o placar em 7 a 2. Foi a primeira medalha de ouro, após prata em Londres e bronze no Rio.
Essa comemoração do #Goalball depois da medalha de ouro… 🥺💚💛 @cbdvoficial, coisa linda! pic.twitter.com/spzZVWsPs0
— Comitê Paralímpico Brasileiro -ブラジルパラリンピック委員会 (@boficial) September 3, 2021
A seleção feminina acabou na quarta posição, assim como no Rio de Janeiro. Após uma derrota dolorosa nos pênaltis para os Estados Unidos nas semifinais, o Brasil enfrentou o Japão na disputa do bronze e acabou derrotado por 6 a 1. A Turquia demonstrou superioridade na final e ficou com o ouro, enquanto as americanas levaram a prata.
Taekwondo
Depois de uma estreia do esporte com ouro, o Brasil conquistou mais uma medalha com Silvana Fernandes. A brasileira competiu na categoria até 58kg na classe K44, para atletas com limitações de apenas um lado do corpo, na perna ou no braço, e venceu na estreia a norte-americana Brianna Salviano por 15 a 2, mas perdeu na semifinal para a dinamarquesa Lisa Gjessing por 8 a 6. Na disputa do bronze, encarou a turca Gamze Gurdal e triunfou por 26 a 9.

Silvana Fernandes fatura bronze na estreia do parataekwondo em Tóquio. Foto: Reprodução/Twitter/@boficial
Canoagem
Um dos favoritos a medalha, Luis Carlos Cardoso ficou com a prata na classe KL1 200m da canoagem masculina, com o tempo de 48s031. O ouro ficou com Peter Kiss, da Hungria. O francês Remy Boulle completou o pódio. Caio Ribeiro ficou na quinta posição no KL3 e Fernando Rufino na sexta no KL2 e Debora Benevides em sétimo no VL2.
Na canoagem paralímpica, as siglas são montadas da seguinte forma: a primeira letra é para o tipo de embarcação, V para va’a e K para caiaque. O L e o número se referem a uma pontuação atingida pelo atleta em testes médicos, técnicos e na água, cujo número define o grau de comprometimento físico-motor do atleta – quanto menor o grau, maior o comprometimento.

Luís Carlos Cardoso é prata na canoagem. Foto: Helano Stuckert/rededoesporte.gov.br
Vôlei sentado
Depois de ar com três vitórias na primeira fase, o Brasil acabou caindo na semifinal para os Estados Unidos. O primeiro set foi bastante equilibrado, mas as americanas conseguiram desgarrar no final e vencer por 25 a 19. No segundo, o Brasil foi atropelado por 25 a 11. O terceiro set também foi equilibrado, mas as americanas conseguiram fechar com 25 a 23. O Brasil disputa a medalha de bronze na madrugada de sábado.
Infelizmente, a equipe feminina de #VôleiSentado perdeu por 3×0 para as americanas e está fora da final. MAS AINDA TEMOS CHANCES DE MEDALHA! Vamos em busca do #Bronze , no jogo de amanhã, às 4h30! #ParalimpicoEmToquio
— Comitê Paralímpico Brasileiro -ブラジルパラリンピック委員会 (@boficial) September 3, 2021
Bton
Depois de fazer história ao vencer em sua estreia no bton, esporte que integra pela primeira vez o programa olímpico, Vitor Tavares acabou superado no confronto decisivo, que valia a vaga para a próxima fase, na classe SH6 (atletas anões). Número 5 do mundo, Tavares foi derrotado pelo indiano Krishna Nagar por 2 a 0, parciais de 21/17, 21/14, ficando de fora das quartas de final.
Tiro com arco
Pela primeira rodada da fase classificatória do tiro com arco recurvo, Heriberto Roca acabou superado pelo sul-coreano Mi Su Kim, número 6 do mundo, por 6 a 4. O brasileiro, que garantiu a vaga para Tóquio em 27º lugar entre os 32 arqueiros, se despede da disputa nas Paralimpíadas 2020.
Ciclismo
Campeão do mundo no ciclismo de estrada e prata e bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio, Lauro Chaman acabou na quarta posição na prova de resistência masculina C4-C5 (atletas com problemas de coordenação motora, limitação muscular ou amputações, que não impedem a utilização de bicicletas convencionais), e deixou escapar o ouro inédito. Quem venceu foi o francês Kevin Le Cunff, seguido pelo ucraniano Yehor Dementyev. Daniel Abraham Gebru, da Holanda, completou o pódio. Ele já havia fechado entre os quatro primeiros na prova contrarrelógio.
Última homenagem
Após se despedir da natação competitiva em Tóquio, Daniel Dias receberá mais uma homenagem: ele foi o escolhido para representar o país na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas. Maior medalhista brasileiro em Jogos Paralímpicos, ele será o porta-bandeira do Brasil, representando todos os atletas que fizeram parte da campanha brasileira na competição. O evento acontece na manhã de domingo, 5 de setembro, às 8h (horário de Brasília), no Estádio Nacional de Tóquio.

Foto: Rogério Capela/B
