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ES apresenta aumento em casos de síndrome respiratória aguda

Dez estados brasileiros, incluindo o Espírito Santo, registram aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave

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A médica Jéssica Polese fala sobre a síndrome respiratória aguda. Foto: Oséas Resende

A médica Jéssica Polese fala sobre a síndrome respiratória aguda. Foto: Oséas Resende

Dez estados brasileiros, incluindo o Espírito Santo, apresentam crescimento nos casos de síndrome respiratória aguda grave, conforme relatado pelo boletim Infogripe. Este período crítico ocorre principalmente no inverno, quando a circulação de vírus e bactérias aumenta. Em entrevista para o EStúdio360, a médica pneumologista Jéssica Polese explicou que as vacinas são fundamentais para a prevenção dessas infecções, mas infelizmente a cobertura vacinal está caindo cada vez mais no país.

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A síndrome respiratória aguda grave é, geralmente, uma complicação de outras doenças, como infecções virais e bacterianas. Covid-19, por exemplo, pode resultar na síndrome, assim como a pneumonia e outras condições. As principais causas da síndrome incluem doenças virais como Covid-19, influenza e vírus sincicial respiratório.

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Importância da vacinação

A vacinação é um dos principais métodos para prevenir a síndrome respiratória aguda grave. A vacina contra a gripe, por exemplo, reduz significativamente as chances de desenvolver a síndrome ao prevenir a infecção viral inicial. A vacinação contra Covid-19, gripe e vírus sincicial respiratório está disponível na rede pública e particular.

O uso de antivirais como o Oseltamivir nos primeiros dias de sintomas da gripe pode ajudar a prevenir a síndrome respiratória aguda grave. No entanto, a efetividade desse tratamento depende de seu início precoce. De modo geral, a vacinação permanece como a forma mais eficaz de prevenção.

Cobertura vacinal

O Brasil tem registrado uma queda significativa na taxa de vacinação, o que é preocupante. Historicamente, o país sempre apresentou altos índices de vacinação, com doenças como sarampo e pólio sendo erradicadas. Entretanto, nos últimos anos, a adesão às vacinas tem diminuído, aumentando o risco de retorno de doenças anteriormente controladas.

Esse fenômeno não se limita apenas às vacinas contra gripe e Covid-19, mas também afeta outras imunizações essenciais. Essa queda na cobertura vacinal coloca a população em risco, especialmente os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.

Inverno

O inverno contribui para o aumento das infecções respiratórias. O ar frio resseca as vias aéreas, facilitando a proliferação de vírus e bactérias. Além disso, ambientes fechados favorecem a disseminação de microorganismos, aumentando o risco de doenças como tuberculose e meningite.

Pacientes com condições crônicas, como asma e enfisema, também são mais afetados durante o inverno. A produção aumentada de secreções nesses pacientes cria um ambiente propício para a disseminação de vírus e bactérias. Portanto, ventilar os ambientes e evitar locais com poeira e mofo são medidas importantes para prevenir infecções.

Gripe e resfriado

É crucial diferenciar entre gripe e resfriado comum. A gripe, causada pelo vírus influenza, é mais grave e vem acompanhada de febre alta e sintomas mais intensos. Já o resfriado comum, causado por outros vírus, tem sintomas mais leves e dura poucos dias.

A vacina contra a gripe protege especificamente contra o vírus influenza, mas não contra resfriados comuns. Portanto, mesmo vacinadas, as pessoas podem contrair resfriados, o que leva a uma percepção errada sobre a eficácia da vacina. Os efeitos colaterais das vacinas são geralmente leves e não justificam a não vacinação.

Grupos vulneráveis

Crianças e idosos são mais suscetíveis a infecções virais devido ao sistema imunológico mais frágil. Vírus considerados menos agressivos, como o vírus para influenza e o vírus sincicial respiratório, podem causar complicações graves nesses grupos. Pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas também estão em maior risco.

A vacina contra a gripe é especialmente importante para esses grupos, ajudando a prevenir complicações graves. A gripe não é uma doença leve e pode ter consequências sérias, especialmente para os mais vulneráveis.

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