TV Capixaba
Capixaba tem pernas amputadas e faz vaquinha para comprar próteses
Por causa de um problema renal, Dora precisou amputar as duas pernas e os cinco dedos da mão. Agora, ela precisa de ajuda para comprar as próteses
Reportagem: Patrícia Battestin
Universitária, estagiária, mãe de um rapaz de 20 anos, esposa, dona de casa, apaixonada por dançar e se exercitar. Assim poderíamos resumir a Doracy Ferreira Almeida, de 42 anos, a Dora – como é chamada por familiares e amigos.
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Mas há nove meses a vida dela mudou. Por causa de um problema renal, precisou amputar as duas pernas e cinco dedos da mão.
A mudança na rotina aconteceu no dia 13 de agosto de 2022 quando ela se sentiu mal e foi levada para o hospital.
Segundo os médicos, uma pedra no rim esquerdo ficou alojada no canal do ureter, o que causou uma sepse (infecção generalizada) e levou os membros à necrose.
E agora ela conta com a solidariedade da população para realizar o sonho de poder voltar a andar.
Na Internet, ela criou uma vaquinha virtual e precisa arrecadar R$ 80 mil para cobrir os custos com as próteses.
“Inicialmente as próteses custam R$ 60 mil. Eu estou pedindo R$ 80 mil para custear despesas com viagem, hospedagem, alimentação e para poder pagar o pós-protetização, com sessões de terapia para poder fazer a marcha direitinho com a prótese, a questão das articulações da musculatura, para estar sempre fortalecida e eu ter o equilíbrio para andar naturalmente em cima das próteses”, explicou.
Reação
Após 13 dias em coma e mais sete sedada no quarto, Dora recebeu a triste notícia de que precisaria amputar os membros. “Foi complicado, foi um baque violento. Aquilo ali me destruiu”, contou.
Dora ficou 48 dias no hospital. A volta para casa foi de comemoração. Mas também de novos desafios. A casa, fica em ladeira, possui muitos degraus e nenhuma ibilidade para uma pessoa com dificuldade de locomoção. Mas, ela não se intimou, e está superando os obstáculos.
“Chegou um dia que eu falei assim: eu tenho que agir. Falei com meu esposo, bora abrir a porta deste banheiro para eu conseguir ar com a cadeira. Comecei a me movimentar, pegar copos, reaprendi a fazer algumas tarefas em casa, como estender roupas…”.
Mas ela também quer voltar a andar. Retornar à faculdade e a vida ativa que tinha antes.
Para ajudar é só ar o link que está no perfil da Dora no Instagram (@doraferreira007). Qualquer valor doado será de grande importância para realizar esse sonho.
“Eu estou bem positiva com isso, vou dar o meu sangue, me esforçar muito mesmo para conseguir ficar em cima das próteses. Eu quero voltar a correr, quero voltar à academia que eu fazia. E vocês vão ver isso, se Deus quiser”.
Movimento Dani-se. Vou Correr entra na campanha
A jornalista Dani Künsch, idealizadora do Movimento Dani-se. Vou Correr (@dani.se.vou.correr), que conta histórias de pessoas que se transformam através da corrida, abraçou a campanha da Dora e está convocando os seus seguidores a contribuírem com a vaquinha que arrecada verba para a compra das próteses.
Oficina Ortopédica de Vila Velha se dispõe a ajudar
O Jocleiton Oliveira, protesista e ortesista, da Oficina Ortopédica Oliveira, que atua em Vila Velha há mais 20 anos, também se colocou à disposição da universitária no processo de avaliação das próteses.
“Eu gostaria de te ajudar. Vamos abraçar a sua causa. Eu gostaria muito que você viesse aqui na nossa empresa. Nós vamos tentar reduzir ao máximo o custo das suas próteses para que você consiga realizar o seu sonho o mais rápido possível! Para que você volte a andar, a dançar, a correr, a pedalar, o mais rápido possível”.
