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Solidariedade

Projeto de Vila Velha acolhe população indígena da Venezuela

O Projeto Micashu instalou os indígenas em um abrigo improvisado e pede doações para dar dignidade aos refugiados

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Indígenas da etnia Warao, da Venezuela. Foto: Reprodução/Whatsapp

Indígenas da etnia Warao, da Venezuela. Foto: Reprodução/Whatsapp

Para fugir da crise humanitária que assola a Venezuela, milhares de imigrantes buscam melhores condições de vida no Brasil. Em Vila Velha, o Projeto Micashu da Assembleia Santos acolheu 49 indígenas – dentre eles, 33 crianças e 2 idosos – da etnia Warao, da Venezuela, uma população em condição de extrema vulnerabilidade e com muitas necessidades específicas, inclusive de ordem cultural, o que representa uma série de desafios adicionais.

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O Projeto Micashu, coordenado pelo pastor Délcio Gomes, atua no Centro de Vila Velha. Durante uma ação na região, o religioso se deparou com alguns dos refugiados no semáforo e os levou para conhecer a sede do projeto. Horas mais tarde, os indígenas que estavam abrigados em Nova Almeida, na Serra, bateram à porta do projeto em busca de um lugar para ficar. Mesmo sem estrutura, o pastor abriu as portas da sede para que eles pudessem se acomodar.

“Nós pensamos que a prefeitura fosse acolher eles, mas alegaram não ter abrigo. Eles os cadastraram no CadÚnico e Auxílio Emergencial. Também estão tendo o à Saúde. Mas só recebemos comida uma vez e gás três vezes da prefeitura. O restante tem sido ajuda da comida e por meio de doações. Não temos estrutura. Eles estão dormindo no chão e reclamam porque estão acostumados a dormir em rede. Os hábitos deles são muito diferentes, até mesmo a alimentação”, comentou o pastor.

De acordo com a secretária de Assistência Social de Vila Velha, Letícia Goldner, a prefeitura está trabalhando no convencimento a adesão ao quadro vacinal para que eles possam fazer o esquema vacinal completo do Brasil. Também está estruturada uma forma para que elas consigam se organizar enquanto grupo familiar e alugar um espaço, retomar o trabalho com artesanato.

O religioso frisa que a grande preocupação é a quantidade de crianças e no grupo há três grávidas. Recentemente, uma das indígenas deu à luz no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (HIMABA). Segundo o pastor, é necessária a doação de alimentos específicos como macarrão, mandioca, inhame, frango, pão e leite. Também há uma grande demanda por gás, materiais de limpeza e higiene e materiais descartáveis. Quem quiser doar pode entrar entrar em contato com o pastor Délcio no telefone (27) 99252-1035. O projeto fica na rua Henrique Moscoso, 2.298, Jaburuna, ao lado da UMEF Joaquim de Freitas.

Crianças indígenas da etnia Warao, da Venezuela. Foto: Reprodução/Whatsapp

Crianças indígenas da etnia Warao, da Venezuela. Foto: Reprodução/Whatsapp