Pai de quíntuplos arrecada R$ 1,4 milhão para tratamento contra câncer

Família dos quíntuplos capixabas. Foto: Reprodução/Instagram

Jayme Reisen, pai dos quíntuplos capixabas, comoveu a internet depois de pedir ajuda nas redes sociais para arrecadar R$ 3 milhões e conseguir arcar com os custos do tratamento contra o câncer. Em dois dias, a família conseguiu arrecadar, por meio da vaquinha on-line, um total de R$ 1.474.617,89.

Mariana Mazzelli, esposa do empresário, não conteve a emoção, e com o coração cheio de gratidão agradeceu aos seguidores por meio dos stories do Instagram. “Vocês não estão segurando as nossas mãos. Estão carregando a gente no colo. Eu nunca vou esquecer isso”, disse a mãe dos quíntuplos capixabas.

Mariana e Jayme estão em uma corrente do bem contra o tempo para arrecadar o montante para dar início ao tratamento que, no momento, é a única alternativa para o combater a doença. Nessa batalha, o casal recebeu ajuda de nomes conhecidos no cenário capixaba e nacional, como: Marcus Buaiz, Graciele Lacerda e Bella Falconi.

Ainda nesta terça-feira, às 20 horas, o casal vai fazer uma live para reforçar o pedido de ajuda e compartilhar a batalha contra o câncer no perfil do empresário Marcos Buaiz em parceria com Quíntuplos Capixabas e Jayme Reisen.

ENTENDA

Jayme foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin de células b, bem agressivo e em estado avançado, em março do ano ado. Desde então, o pai dos quíntuplos capixabas ou por seis quimioterapias, mas sem sucesso. O organismo não respondeu aos medicamentos e o câncer não regrediu. Depois da quimioterapia, tentou ainda fazer parte de estudos, que também não tiveram a eficácia esperada.

Neste domingo (15), Mariana e Jayme – que reúnem no perfil do Instagram mais de 476 mil seguidores – fizeram uma live para compartilhar com amigos e seguidores os desafios da nova etapa do tratamento contra o câncer. Há 20 dias sofrendo com fortes dores, o pai dos quíntuplos foi orientado a tentar o tratamento CAR-T Cells, que consiste em reprogramar células de defesa do corpo humano para reconhecer células tumorais presentes no organismo.

 

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“Não é um tratamento inovador. É testado e aprovado pela Anvisa. Não é nada mirabolante”, disse Jayme. “Mesmo após os estudos que participei, fiz um “pet scan” na semana ada que não mostraram melhoras e tive algumas pioras. Meus médicos e eu chegamos a conclusão que não tem outra saída. Tem que ser o CAR-T Cells. Eles vão fazer uma coleta, enviar o material para os Estados Unidos, reprogramar as células e enviar de volta. Esse processo deve demorar uns 60 dias”, explicou Jayme.

A expectativa de um novo tratamento com grandes chances de melhora trouxe também a decepção da negativa do plano de saúde. Como a corrida é contra o tempo e uma batalha na Justiça pode demorar, o casal resolveu lançar uma vaquinha on-line para arrecadar R$ 3 milhões e custear o tratamento. Nesse meio tempo, ainda há outros imprevistos financeiros, como procedimentos cirúrgicos e internações.

“Tem mais de 20 dias que não sei o que é ficar uma hora sem dor. É um linfoma agressivo, mas vamos conseguir. Vamos pra cima. Saiu das minhas mãos. Agora está nas mãos de Deus e de cada um que puder ajudar. Eu tenho que segurar essa barra, faz parte do processo. Eu esperava que meu plano de saúde me abraçasse, infelizmente, nesse momento, veio a negativa e eu não tenho de onde tirar esse recurso. São R$ 2,5 milhões apenas o CAR-T Cells”, explicou Jayme.

Caso você queira ajudar os pais dos quíntuplos capixabas, você pode fazer sua doação nesse link.

QUÍNTUPLOS CAPIXABAS

Os empresários Mariana Mazzelli e Jayme Reisen ficaram conhecidos no Espírito Santo após se tornarem pais dos quíntuplos capixabas em 2019. As crianças, prematuras extremas, nasceram com 27 semanas de gestação. Hoje, já completaram três anos.

O parto dos quíntuplos envolveu uma equipe de 36 profissionais, sendo seis neonatologistas, três anestesistas, três obstetras e 20 enfermeiras, além de outros especialistas.

Depois de quatro meses de internação, Benício e Jayme receberam alta do hospital em outubro de 2009. As irmãs, Bella, Laís e Beatriz, foram liberadas do hospital alguns dias depois.