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Solidariedade

Hospitais adotam “prontuário afetivo” com música e comida favorita do paciente

Equipe de hospital da Grande Vitória reúne informações da vida do paciente para humanizar internação

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Prontuário afetivo reúne informações sobre paciente. Foto: Divulgação

Ao ser internado ou dar entrada na UTI, muitos pacientes acabam deixando parte da sua vida, sua história e seus gostos pessoais fora do hospital. Quando é caso de intubação, não conseguem interagir para contar um pouco de sua rotina aos profissionais que o atendem. Foi pensando em humanizar ainda mais o atendimento a pacientes que uma equipe de uma rede de hospitais particulares da Grande Vitória resolveu implantar o “prontuário afetivo”.

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Foi navegando pela internet que a ideia surgiu e logo foi implantada, no mês de abril. A psicóloga do Hospital Meridional de Cariacica Ingrid Meneghetti conta que viu uma postagem com uma médica tomando iniciativa semelhante e resolveu apresentar para a equipe de psicologia. “A médica escrevia algumas informações do paciente, com iniciais, e caneta azul bem simples. Resolvemos fazer com canetinha, para ficar bem colorido”, conta Ingrid.

Para reunir as informações, a equipe liga para familiares e pergunta seus gostos pessoais, time do coração, comida favorita, religião, nomes dos familiares e música favorita, entre outros. Com essas informações, os profissionais podem sem conectar com o paciente.

Informações de gostos de paciente internado. Foto: Divulgação

“Já vi técnico de enfermagem cantar a música favorita para o paciente intubado, comentam se o time do coração perdeu ou ganhou, interagem sobre a música favorita. Isso aproxima mais a equipe do paciente e das famílias. E os pacientes se sentem mais acolhidos para falar sobre o que eles são. No momento da alta, muitos levam para a casa. Teve uma paciente que colocou o dela ao lado da cama em casa, para que quem a fosse visitar após a saída do hospital soubesse quem ela era”, comenta.

A psicóloga acrescenta que o projeto é uma forma de mostrar que o paciente não é só mais um, que conseguem enxergar a pessoa que ele é, é um pai, uma mãe, um filho.

“Quando o paciente é itido na UTI ele não leva nada da sua história, como aliança, celular, só entra com o corpo e não tem como liberar visita de parentes em caso de covid. Assim, parte de quem ele é, fica do lado de fora. Destacar algumas características da vida dele é humanizar. E para amenizar essa distância da família temos feito chamadas de vídeo”, conta.