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Política

Em Vitória, Mourão defende privatizações e reformas

Em visita ao Estado para evento realizado pelo Sindiex, o vice-presidente também itiu erros do governo sobre as queimadas da Amazônia

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Vice-presidente Hamilton Mourão

Mourão veio ao estado para evento realizado pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação. Foto: Cacá Lima

A agenda de reformas e privatizações do governo federal foi um dos destaques do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) durante sua palestra para empresários em evento realizado nesta quinta-feira, em Vitória, em comemoração aos 27 anos do Sindiex (Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo). De acordo com ele, as ações são o caminho para a redução de gastos do governo. “Temos que privatizar todas aquelas empresas que podem e devem ser privatizadas”, disse.

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Na lista das privatizações estão a Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo), os Correios, a Casa da Moeda e a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), entre outras.

Sobre a necessidade de diminuir custos com o funcionalismo público, disse que não devem ser autorizados novos concursos públicos. “Qual é nossa decisão? Temos um grande número de funcionários que está prestes a se aposentar. Por ‘decantação’, vamos diminuir o tamanho do estado ao não fazer novos concursos públicos e remanejar onde há excesso para outras áreas”, explicou.

Mourão afirmou, ainda, que a reforma tributária é fundamental para o crescimento econômico, mas que sua aprovação não vai ser fácil. “Vamos ter que chegar a um entendimento, porque tem um projeto dentro do Senado, tem um projeto dentro da Câmara, o governo tem outro e existe o projeto do (Instituto) Brasil 200, de imposto único. Temos que chegar a um denominador comum, conversar com as partes interessadas, mas precisamos fazer a reforma. Ela é fundamental para que a gente avance nessa questão da produtividade”, afirmou.

O vice-presidente também adiantou que nos próximos dias serão lançadas medidas na área de microeconomia, mas não deu detalhes.

Capixabas cobram recursos do governo federal

Durante o evento promovido ontem pelo Sindiex, o governador Renato Casagrande (PSB) falou da necessidade de destravar investimentos federais na área de infraestrutura, como a duplicação da BR-262, e ressaltou o equilíbrio fiscal do estado.

Já o presidente do Sindiex, Marcilio Machado, ressaltou que os acordos comerciais firmados com outros países são importantes para o desenvolvimento do setor. O evento do Sindiex homenageou o empresário Eduardo Mangabeira, presidente da Cotia Trading, que recebeu o prêmio “Personalidade do Comércio Exterior”.

‘Cometemos erros, sim’, diz Mourão sobre Amazônia

A afirmação foi feita durante sua palestra para empresários em evento em comemoração aos 27 anos do Sindiex. Mourão também falou sobre a crise na Venezuela, a relação do Brasil com a Argentina e o Paraguai e as reformas da previdência e tributária em pauta no Brasil.

“Cometemos erros, sim. Todos os anos, sabemos que agosto, setembro e outubro são meses de seca e de queimada. É igual 7 de Setembro: a gente sabe que tem todo ano. Compete aos entes governamentais em todos os níveis travarem o combate às ilegalidades cometidas”, disse a respeito dos incêndios ocorridos na região amazônica.

Mourão relacionou as queimadas à atuação de três grupos: madeireiros, grileiros e garimpeiros. “Temos que dar oportunidade de trabalho para essas pessoas, porque, se não, elas vão arranjar um modo de ganhar a vida”, alegou.

Apresentando dados sobre o tamanho da área de proteção ambiental no país e da produção nacional de energia, criticou as políticas ambientais de outras nações: “Nossa matriz energética é 88% renovável. É hidrelétrica, eólica e solar. O resto do mundo é 25% (renovável). Então, o resto do mundo queima carvão, queima petróleo, mas nós somos os ‘culpados’ pela poluição do meio ambiente. É importante que esses dados estejam em nosso poder para que, de forma organizada e com argumentos consistentes, a gente rebata determinadas acusações que vêm acontecendo. Existe a queimada? Existe. Temos que coibir a queimada ilegal? Temos. Esse é o nosso papel”, afirmou.

França x Brasil

O vice-presidente associou as críticas que a França fez ao Brasil ao crescimento do agronegócio brasileiro. “A velha Europa, na minha visão, bateu no teto. Ela não tem mais para onde se expandir. Foi mencionado aqui a questão dos agricultores ses. Eles estão emparedados pelo que vem surgindo, porque, no Brasil, nossa agricultura é 4.0, é moderna”, disse.

Relação com os países vizinhos

Mourão também falou sobre a relação do Brasil com os países vizinhos. Disse que a crise na Venezuela não é de fácil solução, mas que “não pode descambar jamais para uma solução militar vinda de fora”. Depois, ressaltou a importância da relação comercial com a Argentina. “Aguardamos o resultado das eleições da Argentina, mas sempre naquela visão: Argentina é o nosso terceiro parceiro comercial. Nós precisamos manter essa relação. Essa relação é importante”.

Visita ao Convento

Mourão e Casagrande

Vice-presidente fez visita ao Convento com o governador Renato Casagrande. Foto: Hélio Filho/Secom

Pela manhã, o vice-presidente visitou o Convento da Penha ao lado do governador do estado, Renato Casagrande (PSB). Depois, seguiu para o evento no Sindiex. Após o evento, por volta das 15h, participou de uma apresentação sobre o programa de combate à violência “Estado Presente”, do governo do estado, no Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória.
Mourão elogiou o projeto e disse que ele pode servir de exemplo para outros estados. “Ele trabalha exatamente naquilo que consideramos fundamental. Em primeiro lugar, o uso de tecnologia. E em segundo, a integração de todos os entes que combatem a criminalidade”, afirmou.