Política
Em vídeo, Weintraub pede prisão de ministros do STF, e Damares, de governadores
Também na reunião ministerial, citada por Sérgio Moro em processo, Jair Bolsonaro chamou o governador de São Paulo, João Dória, de ‘bosta’

Ministro da Educação, Abraham Weintraub. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril registra o ministro da Educação Abraham Weintraub dizendo ‘que todos tinham que ir para a cadeia, começando pelos ministros do STF’ e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves defendendo a prisão de governadores e prefeitos, indicam fontes que assistiram nesta terça-feira (12), à peça chave no inquérito sobre suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
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Também na reunião, Bolsonaro chamou o governador de São Paulo, João Dória, de ‘bosta’ e pessoas do governo do Rio de Janeiro de ‘estrume’.
O registro da reunião foi exibido nesta terça-feira, a um grupo de pessoas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, relator do inquérito sobre suposta tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na PF. A exibição foi realizada no Instituto Nacional de Criminalística da corporação em Brasília, ‘em ato único’ – conforme determinado por Celso de Mello – com participação de Moro, integrantes da Advocacia-Geral da União e procuradores e investigadores que acompanham o caso.
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Investigadores avaliam que o conteúdo da gravação ‘escancara a preocupação do presidente com um eventual cerco da Polícia Federal a seus filhos’ e que Jair Bolsonaro ‘justificou a necessidade de trocar o superintendente da corporação no Rio de Janeiro à defesa de seus próprios filhos’ alegando que sua família estaria sendo ‘perseguida’.
COM A PALAVRA, A MINISTRA DAMARES ALVES
A ministra Damares Alves, por meio de sua assessoria, disse que pediu a punição de prefeitos e governadores no contexto de desvios de insumos durante a pandemia e violação de direitos, citando como exemplo atos truculentos contra idosos que não respeitarem as regras de isolamento e distanciamento social. Segundo a assessoria, a ouvidoria do ministério tem 8500 denúncias sobre isso.
COM A PALAVRA, O MINISTRO ABRAHAM WEINTRAUB
Procurada, a assessoria de comunicação do Ministério da Educação informou que Weintraub não vai se manifestar.
