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Infraestrutura e Mobilidade Metropolitana: um legado de Casagrande para o ES

O sociólogo Carlos Augusto Lopes realiza uma análise em torno do crescimento do estado, tanto nas políticas públicas quanto na infraestrutura

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Obra de ampliação Terceira Ponte. Foto: Divulgação/Governo do ES

Obras na Terceira Ponte. Foto: Divulgação/Governo do ES

A história é feita por aqueles que lutam, marcam seu tempo e deixam legados. No Espírito Santo, entretanto, poucos governantes e líderes políticos foram capazes de escrever seu nome no memorial dos grandes feitos.

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Nosso estado é o menor da região Sudeste e desde sempre invisibilizado no plano nacional. Durante um certo período, tivemos nossas instituições contaminadas pelo crime organizado e pela total incapacidade estatal em produzir políticas públicas e obras estratégicas de infraestrutura e mobilidade humana.

Todavia, essa página da corrupção e inoperância do Estado foi virada nos anos 2000, graças a mobilização da sociedade civil e de algumas lideranças políticas. Entre essas últimas, destaca-se predominância de políticos com perfil ideológico de centro-esquerda, como Renato Casagrande.

Em 2011, Casagrande assumiu pela primeira vez o governo do estado do Espírito Santo e, a partir daí, começou a planejar um conjunto de intervenções estruturantes e políticas públicas transformadoras para a paisagem e a realidade capixaba.

No aspecto institucional, o aprofundamento de relações republicanas e democráticas entre os diferentes níveis de governo ressaltou o respeito à autonomia dos demais poderes e uma postura dialogal com a sociedade civil organizada.

No âmbito das políticas sociais, houve o desenvolvimento de programas que visam promover a superação da miséria e pobreza extrema e garantir mais igualdade de oportunidades para todas as pessoas.

Já na área da infraestrutura, o destaque foi a transformação do Espírito Santo em um verdadeiro canteiro de obras, com o planejamento e a execução de várias e importantes obras para interligar regiões urbanas e rurais, até então desconectadas. Soma-se também a implementação de soluções de macrodrenagem para problemas crônicos e históricos de inundações, como na cidade de Vila Velha.

Dentre todas as realizações, é na região da Grande Vitória que o governador Casagrande tornará visível seu principal diferencial e imprimirá seu marcador distintivo. Com a conclusão do conjunto de grandes obras de mobilidade metropolitana, Casagrande mostrou que é possível ativar a capacidade do Estado para promover políticas públicas complexas e realizar grandes entregas, cujo legado perdurará para além de seu tempo. Para isso, foi necessário um conjunto importante de fatores: liderança, planejamento, organização istrativa e financeira e boa coordenação política.

Com obras como o Portal do Príncipe, o retorno do aquaviário como modal de transporte urbano, o Complexo Viário de Carapina, a ampliação das faixas da Rodovia das eiras, além da articulação com o governo federal para realização de outras importantes obras de mobilidade e transporte, como o novo contorno do Mestre Álvaro, Casagrande consolida um novo sistema logístico de transporte e mobilidade e expõe ao Brasil um novo Estado, mais moderno e atraente.

Todavia, é com a ampliação da Terceira Ponte e a inauguração da ciclovia da vida que Casagrande intensifica a construção simbólica de um novo tempo para o Espírito Santo e sela sua marca indelével no dos grandes líderes de nossa história.

Muito mais que uma obra arquitetônica inovadora, grandiosa e milionária, trata-se de uma intervenção humanizada voltada à proteção da vida. Esse era um pleito antigo da sociedade capixaba, que clamava por uma ação significativa em um dos principais cartões postais do Estado, mas que ganhava as notícias quase diárias por ser, literalmente, um trampolim da morte.

Agora, graças à coragem e ousada decisão de Casagrande, a Terceira Ponte transforma-se em um lugar de contemplação da vida, da fé, da natureza e das nossas belezas capixabas.

É assim que agem os grandes líderes: deixam legados para além do seu tempo e inspiram novas gerações.


*Carlos Augusto Lopes é sociólogo, doutorando em Ciências Sociais (UFES), pesquisador de políticas públicas e capacidades estatais

 

 

 


Plural. Foto: Freepik

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