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Unesp rastreia assintomáticos da covid-19 pela saliva

Objetivo é aumentar a segurança de pacientes e servidores que estão dentro do complexo do HC de Botucatu, permitindo a rápida identificação e isolamento dos possíveis infectados

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A Universidade Estadual Paulista (Unesp) iniciou, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, um teste de rastreamento de portadores com covid-19 por meio da saliva. Segundo publicou o jornal Estadão, o objetivo é aumentar a segurança de pacientes e servidores que estão dentro do complexo do HC, permitindo a rápida identificação e isolamento dos possíveis infectados com o coronavírus para que o impacto da pandemia seja reduzido ao máximo, pelo menos no âmbito hospitalar.

De acordo com a instituição, este modelo de prevenção é baseado em estudos científicos que priorizam pilares considerados essenciais no controle da pandemia: a declaração de sintomas para covid-19 e o rastreamento para detecção de possíveis infectados assintomáticos. O teste foi batizado pela equipe de professores de “pool de saliva”.

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Os testes, que são feitos por uma equipe de professores da Unesp, consiste em coletar saliva de até 15 pessoas, para identificar a presença do novo coronavírus. Os resultados são avaliados por médicos do HC que identificarão os possíveis infectados. Se a análise apontar um resultado positivo, significa que pelo menos uma das pessoas pode estar infectada. Neste caso, as 15 amostras de saliva serão reprocessadas individualmente para que a pessoa possivelmente contaminada seja identificada. Identificada a pessoa com a carga viral, ela é afastada do trabalho e seus colegas am a ser monitorados nos dias seguintes ao resultado.

Os trabalhadores do Hospital das Clínicas de Botucatu e os estudantes de Medicina da unidade fazem este teste quinzenalmente. A ideia é fazer o exame com pessoas que trabalham juntas, no mesmo andar, por exemplo. O “pool de saliva” foi apresentado à comunidade científica internacional no mês ado pela Unesp, em webinar sobre estratégias para impedir o surgimento de surtos da covid-19 em hospitais.

EUA também discutem testes agrupados

Nos Estados Unidos, testes nesse formato já têm sido alvo de discussões nas últimas semanas – a primeira aprovação foi no Estado de Nebraska e a Food and Drug istration (FDA), agência americana que controla remédios e alimentos, permitiu que um grande laboratório médico agrue testes para o novo coronavírus. Em outros países, a técnica é mais popular. Como os laboratórios geralmente coletam mais amostras do que precisam, eles têm material suficiente para fazer uma segunda análise, se necessário, sem exigir que a pessoa volte.

Os estatísticos do governo tiveram essa ideia na década de 1940, quando precisaram de modo mais eficiente para examinar recrutas da Segunda Guerra Mundial para a sífilis. Em um artigo de 1943 intitulado A detecção de membros defeituosos em grandes populações, o economista Robert Dorfman escreveu que isso poderia “gerar economias significativas em esforços e despesas quando uma eliminação completa de unidades defeituosas for requisitada”.