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Seis dias depois de assumir a Saúde, Teich segue estudando o coronavírus

“A informação sobre a doença é crítica. A impressão que eu tenho é que a gente tem que ser muito mais eficiente do que é hoje. É uma corrida contra o tempo”, disse o ministro

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O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, durante pronunciamento no Palácio do Planalto. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, durante pronunciamento no Palácio do Planalto. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

 

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Seis dias depois de ser escolhido para assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich disse que ainda está estudando a situação do novo coronavírus no Brasil e que precisa de mais informações para agir. De concreto, não anunciou nada além do nome de seu novo “braço-direito”, o secretário-executivo do ministério, general Eduardo Pazuello, que na realidade é uma escolha pessoal do presidente Jair Bolsonaro acatada por Teich. O novo ministro conheceu seu maior aliado no Ministério da Saúde só nesta segunda-feira (20).

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Em sua primeira entrevista coletiva, Nelson Teich, voltou a repetir nesta quarta-feira (22) afirmações de seu primeiro discurso. “A gente sabe muito pouco da doença”, disse o ministro. “A informação sobre a doença é crítica. A impressão que eu tenho é que a gente tem que ser muito mais eficiente do que é hoje. É uma corrida contra o tempo”, disse o ministro.

Desde o primeiro discurso de Teich, na quinta-feira ada, até agora, os dados oficiais saltaram de 30.420 casos de contaminações para 45.757 casos nesta quarta-feira (22). São mais de 15 mil novos casos confirmados. Sobre o número de mortos, são quase 1 mil óbitos no mesmo intervalo, saindo de 1.924 mortos para os atuais 2.906 mortos.

Em uma frase de seu discurso rápido, parecia até mesmo emular os jargões usados por Bolsonaro. “A gente tem que tentar entender melhor isso aí”, comentou. De raciocínio mais conciso que o de seu antecessor no ministério, Luiz Henrique Mandetta, Teich sinalizou que prepara uma “diretriz” para que Estados e municípios de todo o País comecem a executar planos de retomada das atividades e econômicas, a partir da flexibilização do isolamento social, como quer Bolsonaro.

“É impossível um País viver um ano, um ano e meio parado. Um programa de saída, isso é que a gente vai desenhar e dar e para estados e municípios”, disse o novo ministro. Ao mencionar o general Eduardo Pazuello, procurou fazer uma defesa do novo secretário-executivo. “Acredito que ele possa de verdade ajudar a criar um programa de crescimento compatível com a necessidade que nós temos hoje”, disse.

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Daqui a uma semana, Teich se comprometeu em entregar as “diretrizes” do que será feito no País. O Ministério da Saúde, na prática, rea orientações a Estados e municípios. Governadores e prefeitos têm liberdade para acatá-las ou não.

O Supremo Tribunal Federal (STF) impôs uma derrota ao Palácio do Planalto e já decidiu que prefeitos e governadores podem definir medidas de isolamento social para enfrentar a pandemia.

“O Brasil é gigante e heterogêneo. Na semana que vem, estamos entregando um modelo que possa ser usado como parâmetro”, disse Teich, sem dar mais detalhes sobre o assunto. “Não tem fórmula mágica. As soluções não são boas ou ruins, são bem ou mal usadas A situação é difícil, complexa, mas com certeza temos condições de ar por ela, deixar o sistema de saúde mais forte pro pós-covid.”

Estadão Conteúdo