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PM diz a deputado bolsonarista que mandou queimar faixa de opositores no Rio

A declaração foi captada pela transmissão ao vivo feita pelo próprio parlamentar bolsonarista nas redes sociais

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deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). Foto: Reprodução/Facebook

deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). Foto: Reprodução/Facebook

Grupos de poucas pessoas se reuniram em atos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro na manhã deste domingo (31), na orla de Copacabana, no Rio. Em meio à divisão entre as duas manifestações, um policial militar afirmou ao deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) que tinha mandado queimar uma bandeira do grupo contrário ao presidente. A declaração foi captada pela transmissão ao vivo feita pelo próprio parlamentar bolsonarista nas redes sociais. A Polícia Militar (PM) chegou a usar bombas para dispersar os manifestantes contrários ao governo federal.

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Nas imagens, o grupo avesso ao presidente segura uma faixa com os dizeres “Democracia rubro-negra”, produzida por torcedores do Flamengo autodenominados antifascistas. Ao pedir para ir até os manifestantes, Silveira ouviu de um agente que ele já tinha mandado queimar a bandeira. “Meus amigos tá ali (sic), já mandei eles ir lá queimar aquela bandeira ali (sic)”, comentou o policial, chamado pelo deputado de “capitão”.

A manifestação pró-Bolsonaro tem como mote o repúdio ao inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF) e pede também o impeachment dos 11 ministros da Corte, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do governador Wilson Witzel. O grupo que foi à orla nesta manhã é um dos menores já vistos nos atos bolsonaristas em Copacabana.

Do outro lado, um grupo ainda menor fazia um protesto de repúdio ao presidente. Nas imagens registradas por Silveira, a única faixa que pode ser vista é a Democracia rubro-negra. Em outros registros, porém, há ainda bandeiras com os dizeres Ditadura nunca mais, Bolsonaro genocida e Militares assassinos, pátria racista, ditadura nunca acabou.

A PM usou bombas para dispersar os manifestantes autodenominados antifascistas. Pouco depois, na esteira da dispersão, moradores de prédios do bairro puxaram gritos de repúdio ao presidente da República.

Procurada, a Secretaria de Polícia Militar ainda não respondeu ao pedido de esclarecimento.

Estadão Conteúdo