País
Bolsonaro sobre o leite condensado: ‘É para enfiar no rabo da imprensa’. Veja o vídeo
“É pra enfiar no rabo de vocês aí — vocês não, vocês da imprensa— essa lata de leite condensado”, disse o presidente, sendo aplaudido pelos aliados
O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a imprensa. Desta vez, o motivo foi a divulgação da quantidade e do valor despedindo por seu governo com itens de alimentação, em especial latas de leite condensado. Em uma churrascaria em Brasília, onde reuniu artistas para um evento (todos sem máscara), Bolsonaro disse que o produto era para “enfiar no rabo da imprensa’.
“Vai pra puta que o pariu. Imprensa de merada essa daí. É pra enfiar no rabo de vocês aí — vocês não, vocês da imprensa— essa lata de leite condensado”, disse o presidente, sendo aplaudido pelos presentes, incluindo o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
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O vídeo foi obtido pelo jornalista Samuel Pancher e divulgado em sua página do Twitter. “Me acusam de ter comprado R$ 4 milhões em chicletes. Quem já esteve no Exército já teve um catanho. Pessoal sabe o que é catanho, quem serviu”. No caso, catanho é o nome dado para refeições rápidas feitas por militares durante campanhas.
O presidente Bolsonaro fechou uma churrascaria hoje em Brasília para um evento privado com artistas.
Tive o às imagens.
Ele comentou a polêmica com a compra de alimentos. Disse que o leite condensado é pra “enfiar no rabo da imprensa” e defendeu o gasto com chicletes. pic.twitter.com/fykEhjkMfO— Samuel Pancher (@SamPancher) January 27, 2021
Ele disse também que levará em sua transmissão de quinta-feira nas redes sociais o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, e que mostrará que Dilma Rousseff (PT) comprou mais unidades de leite condensado.
Após os ataques contra jornalistas, Bolsonaro ainda menosprezou os pedidos de impeachment. Disse que “não valem nada”. “Se juntar todos não dá nada. Absolutamente nada. Propostos por partidos de esquerda como PT, PCdoB, PSOL, ou até mesmo a OAB. A não ser causar transtorno e tentação na sociedade”, afirmou.
Ainda há um trecho em que levanta a possibilidade, sem apresentar nenhuma prova como de costume, da pandemia de coronavírus, que matou mais de 200 mil pessoas só no Brasil, ter sido “fabricada”.
Estadão
