Qual o custo do funcionalismo público no Espírito Santo?

Servidores públicos receberam R$ 10 bilhões em 2020. Foto: Pixabay

No ano de 2020, os moradores e contribuintes do Espírito Santo pagaram quase R$ 10 bilhões em salários para os mais de 174 mil servidores públicos na ativa no Espírito Santo. O número inclui o que foi gasto por todas as prefeituras, governo do Estado e também pelos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário.

Para efeito de comparação, o montante representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo também em 2020, que chegou a R$ 139,5 bilhões, segundo levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). E também é quase três vezes maior do que o orçamento do governo do Estado para áreas importantes como Educação (R$ 2,3 bi) e Saúde (R$ 2,6 bi).

No último mês de abril, por exemplo, foram pagos R$ 782,3 milhões a 174.596 servidores, sendo que 3.613 acumulam também funções gratificadas. Ao analisar toda a população capixaba, verifica-se que eles são 4,3% da população. A maior parte dos funcionários da ativa é mulher (109.324 contra 65.506 homens). E considerando todos os órgãos, os efetivos são 55% e os temporários 25%. Já 11% são comissionados e o restante são outros tipos de contratação.

O levantamento dos dados foi feito no de Controle do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES), que compila os dados enviados pelos municípios e demais órgãos.

O alto custo do funcionalismo público é tema da reforma istrativa que está para ser votada no Congresso Nacional neste ano. O Brasil é um dos países que mais gasta com funcionalismo público no mundo, na sexta posição. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/2020 traz uma série de mudanças para o funcionalismo público, com a criação de cinco vínculos e o fim da estabilidade para a maior parte das carreiras.