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OMS diz que aguarda resultados da Rússia para tomar posição sobre vacina

O diretor-assistente do braço da Organização Mundial da Saúde nas Américas disse que não é possível colocar uma imunização em uso sem que todas as fases de teste sejam concluídas

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EUA contratam Sanofi e GSK para produção de 100 milhões de doses de vacina. Foto: Angelo Esslinger/Pixabay

Vacina contra a covid-19. Foto: Angelo Esslinger/Pixabay

 

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O diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, afirmou nesta terça-feira (11), que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está em contato com autoridades russas para obter e checar os dados de eficácia e segurança da vacina contra covid-19.

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“A princípio, o produtor da vacina tem que realizar ensaios clínicos de fase 1, 2 e 3. Isso é padrão no mundo todo. Não se pode utilizar uma vacina ou medicamento sem que essas etapas todas estejam cumpridas”, afirmou o diretor durante coletiva da Opas, o braço nas Américas da OMS.

Barbosa acrescentou que a OMS só pode recomendar uma imunização depois de ar pela pré-qualificação, que demanda analisar os resultados do teste. “Só depois dessa revisão, de ter o a todos os dados de maneira transparente, é que a OMS poderá tomar uma posição e a Opas vai poder fazer uma avaliação, desta ou de outra vacina”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya foi o primeiro a ter regulamentação aprovada no mundo, mesmo sem conclusão da fase 3 de testes em humanos. Com isso, já é possível ter aplicação em massa em território russo.

O governo do Paraná deve anunciar na quarta-feira (12), um acordo com o Ministério de Saúde do país para a produção de uma vacina contra o coronavírus. O acordo prevê que o Estado realize testes, produza e distribua a vacina.

O imunizante russo tem causado desconfiança e dúvidas na comunidade de cientistas pela possibilidade de “pular” etapas e pela falta de divulgação dos resultados. Dados e detalhes das fases anteriores dos testes clínicos, por exemplo, não foram publicados em nenhuma revista científica.

Estadão Conteúdo