Mundo
Caixa preta de avião não deixará o Irã, diz autoridade iraniana
O primeiro-ministro da Ucrânia, Oleksiy Honcharuk, não descarta um ataque terrorista relacionado às tensões entre Irã e Estados Unidos

Boeing que caiu no Irã tinha 176 pessoas a bordo. Foto: Reprodução/Ukraine International Airlines
A caixa preta do avião Boeing 737-800 que caiu nesta quarta-feira (8) perto de Teerã, capital do Irã, não deixará o país, afirma a agência de notícias Mehr. A informação foi confirmada pelo chefe da agência de aviação civil iraniana, Ali Abedzadeh. “Não a entregaremos para o fabricante e para a América”.
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O aeronave da Ukraine International Airlines caiu minutos depois de decolar do principal aeroporto da capital do Irã com 176 pessoas a bordo, incluindo 82 iranianos. Os ageiros incluíam ainda 63 canadenses, 10 suecos, quatro afegãos, três alemães, três britânicos e dois ucranianos. Já a tripulação era composta por nove ucranianos. Não houve sobreviventes.
Ucrânia não descarta ataque terrosita
Nesta manhã, durante uma coletiva de imprensa, o primeiro-ministro da Ucrânia, Oleksiy Honcharuk, informou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, pediu uma investigação sobre o caso. Ele não descartou a possibilidade de um ataque terrorista relacionado às tensões entre Irã e Estados Unidos e disse que qualquer versão antes da conclusão oficial das investigações são apenas manipulações.
De acordo com as leis internacionais, a investigação da queda de uma aeronave é liderada pelo estado em que ela ocorreu. No caso do Boeing 737, o avião caiu em território iraniano, apenas minutos após ter decolado do aeroporto Imam Khomeini, no Teerã. A Ucrânia, como nação de registro e operação, também tem direito a participar, assim como os Estados Unidos, que representam a própria Boeing, fabricante da nave.
O prazo inicial é de 30 dias para que os países apresentem algum resultado sobre as investigações.
Com Estadão
