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Palmeiras e Flamengo empatam em jogo marcado por reviravolta judicial

A decisão causou enorme irritação aos cariocas, que se sentiram prejudicados por terem 16 infectados com a covid-19

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Nem Palmeiras, tampouco Flamengo. O jogo da discórdia pela 12.ª rodada do Campeonato Brasileiro que travou batalha jurídica e de palavras ao longo de toda a semana terminou em igualdade de 1 a 1, no estádio Allianz Parque, em São Paulo. Perdeu o futebol brasileiro, que mais uma vez mostrou desorganização. Apenas com poucos minutos para as 16 horas que a partida teve a sua confirmação.

Uma decisão que causou enorme irritação aos cariocas, que se sentiam prejudicados por terem 16 infectados com a covid-19. Atrasaram a entrada em campo e o início da partida, mas acataram a decisão da Justiça e até tiveram chances de triunfo. Aos paulistas, esbarrar em um time com muitos jovens significou desperdício de dois pontos na busca pelo topo da tabela de classificação.

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Foi um grande show de desinformação e desencontros. Paulistas irredutíveis na ideia de jogar e cariocas buscando a todo custo um adiamento, com apelação até ao Tribunal Regional do Trabalho, no Rio de Janeiro. O TRT-RJ autorizou a não realização da partida e tudo caminhava para o adiamento. Até 30 minutos antes do horário marcado, havia indecisão se teria a partida.

O relógio se aproximava das 16 horas quando a CBF deu a sua cartada final. A entidade queria fazer valer o regulamento assinado por todos os clubes e apelou ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), conseguindo a liberação para a bola rolar. Mesmo com os apelos dos cariocas por causa do surto de covid-19 que infectou 20 atletas do elenco (contando com jovens da base), o jogo foi confirmado.

O despacho do TST alegou que decisão do TRT-RJ só poderia valer se o duelo fosse no Rio de Janeiro. Como estava marcado para São Paulo, garantiu que a bola rolasse. Depois de tanta polêmica, equipes em campo, hino nacional, minuto de silêncio pelas vítimas da covid-19 espalhadas pelo País e bola rolando com 22 minutos de atraso.

De um lado um Palmeiras com força máxima e do outro um Flamengo repleto de meninos das categorias de base ao lado dos mais maduros Thiago Maia, Gerson, Arrascaeta e Pedro. Com o espanhol Domenèc Torrent também infectado, o auxiliar Jordi Guerrero atuou como treinador. Por causa do risco de infecção, os reservas do time carioca não ficaram sentados no banco. Acompanharam a partida nas arquibancadas.

Mesmo com seus principais jogadores – Patrick de Paula retornou, recuperado de lesão -, o Palmeiras custou para levar a melhor sobre os animados garotos rubro-negros. Na verdade, não fosse Weverton o time poderia até ir em desvantagem ao vestiário. O goleiro fez duas grandes defesas em chute forte de Pedro e colocado do uruguaio Arrascaeta.

A polêmica do joga ou não joga parece ter mexido com os palmeirenses, que custaram a entrar no confronto. A pressão esperada sobre um remendado oponente não se fez presente na etapa inicial. Gabriel Veron recebeu de Luiz Adriano e chutou para fora. Gabriel Menino bateu fraco e Hugo encaixou. O goleiro rubro-negro ainda espalmou a bomba de Zé Rafael. Foi só na primeira etapa.

Ciente que o futebol foi aquém do esperado, o técnico Vanderlei Luxemburgo voltou com mudanças para a etapa final e, finalmente, o Palmeiras desencantou em chute de Patrick de Paula que desviou em Thiago Maia e enganou o goleiro.

A festa verde durou só um minuto. Arrascaeta cruzou e Pedro empatou. O duelo cresceu. Hugo fez milagre em cabeçada de Luiz Adriano e Weverton defendeu a batida de Lincoln. Até o minuto final as equipes se revezaram no ataque. Mas não era dia para alguém sair vencedor.

Ficha técnica

PALMEIRAS 1 x 1 FLAMENGO

Palmeiras
Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Matheus Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino (Raphael Veiga), Zé Rafael (Bruno Henrique) e Lucas Lima (Rony); Gabriel Veron (Willian) e Luiz Adriano. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Flamengo
Hugo Souza; João Lucas (Yuri de Oliveira), Otávio, Natan e Ramon; Thiago Maia, Gerson e Arrascaeta; Guilherme Bala (Richard Rios), Lincoln (Lázaro) e Pedro. Técnico: Jordi Guerrero (auxiliar).

Gols
Patrick de Paula, aos 9, e Pedro, aos 10 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelo
Gabriel Menino, Lucas Lima, Zé Rafael e Felipe Melo (Palmeiras); João Lucas e Guilherme Bala (Flamengo)

Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS).

Renda e público: Jogo com portões fechados.

Local: Estádio Allianz Parque, em São Paulo (SP).

Estadão Conteúdo