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Secretaria de Saúde do ES afirma não ser alvo da Polícia Federal
O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, garante que a secretaria não foi objeto de notificação, investigação ou busca da PF

Nésio Fernandes e Luiz Carlos Reblin. Foto: Divulgação/Sesa
A Polícia Federal realizou, na manhã desta segunda-feira (7), a Operação Volátil, com o objetivo de investigar uma organização criminosa que forneceu álcool gel para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo. No entanto, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, garante que a secretaria não foi objeto de notificação, investigação ou busca da PF.
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O secretário destacou que apenas empresas privadas foram alvo da operação deflagrada pela Polícia Federal. “Nós tivemos nesta segunda-feira uma operação da Polícia Federal. Empresas privadas são investigadas pela prática de fraude na apresentação de documentação e na participação em processos de venda de álcool em gel em diversos estados do Brasil”, disse Nésio.
As auditorias realizadas pelos órgãos de controle e as investigações conduzidas pela Polícia Federal indicam que a empresa que forneceu o álcool foi criada com a finalidade de participar do certame, sem qualquer histórico de atuação no fornecimento desse tipo de material. Há ainda indícios do uso de documento falso para comprovar a capacidade técnica de fornecimento do álcool em gel contratado, além de indicativo de superfaturamento no valor do produto.
A Polícia Federal divulgou que durante as investigações foi possível constatar que os empresários envolvidos movimentaram os recursos recebidos com a venda do álcool para o governo do Espírito Santo para outras empresas do grupo, parentes e empresas em nome de terceiros, em operações financeiras típicas da prática de lavagem de dinheiro.
Porém, Nésio voltou a dizer que a Sesa tem colaborado com órgão de controle e com a Polícia Federal desde o início da pandemia. “Temos, inclusive, subsidiado os órgãos de controle e a Polícia Federal com elementos para poder investigar qualquer tipo de fraude ou incorreção nos processos de compras públicas. Nós adotamos todas as medidas e procedimentos istrativos amparados pela legislação aplicada às compras públicas. Nós somos um estado campeão em transparência e estamos à disposição dos órgãos de controle e da Polícia Federal para colaborar com as investigações. Nós acreditamos que as investigações devem acontecer, devem buscar todo e qualquer indício de corrupção e de fraude no uso do recurso público. O recurso público é sagrado e deve ser transformado em direitos para a população. A Secretaria de Estado da Saúde não foi objeto de notificação e nem de busca por parte da Polícia Federal”, frisou o secretário.
