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Capitão Assumção aposta na segurança pública para prefeitura de Vitória
Entre as suas principais propostas estão a captação de recursos do governo federal e o combate de ideologias nas secretarias ambientais

Deputado estadual Capitão Assumção – Foto: Ales/Tati Beling
O deputado estadual Capitão Assumção, candidato a prefeito de Vitória, entra na corrida eleitoral apostando na segurança pública e na criação de UPAs na capital do estado. No ano ado, foi alvo de críticas por entidades quando ofereceu em plenário uma recompensa pela morte dos assassinos de uma jovem em Cariacica.
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Policial militar reformado, Capitão Assumção irá representar o partido Patriota nas eleições municipais de 2020 em Vitória, ao lado de seu vice, Hélio Martinelli Tristão de Oliveira (PTB), atualmente capitão da ativa da PMES. Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo, o candidato apontou as principais mudanças que fará na gestão da capital, entre algumas delas estão o reaproveitamento do efetivo da guarda municipal e o reforço na educação com a criação de escolas cívico-militares. Confira os destaques da entrevista abaixo:
Motivação
“Usando uma analogia como referência: o morador da capital mais parece com alguém que mora num condomínio e recebe os serviços básicos através de um síndico, e Vitória merece muito mais que isso. Temos a oportunidade de fazer Vitória ser uma capital referência no país, desde a qualidade do serviço prestado à população até o aperfeiçoamento da gestão municipal. As pessoas precisam cuidar de seus munícipes e não apenas assumir um cargo público e depois rejeitar o trabalho que precisa ser feito.”
Segurança
“Outras gestões colocaram a responsabilidade da segurança pública em cima dos guardas municipais e de trânsito que já compõem um efetivo com condições mínimas para atender à população. Isso não pode acontecer tanto pela precariedade do efetivo quanto pela transferência da responsabilidade. Vamos fazer com que a guarda seja unificada e mudar a nomenclatura para Guarda Civil Metropolitano adequando o serviço prestado e fazendo com que antes do atendimento da polícia ou guarda civil a pessoa seja atendida por eles. É um absurdo que Vitória tenha essa bandidagem e tiroteios descontrolados criando um show de desequilíbrio social que acaba impactando a segurança pública.”
Educação
“O governo de Bolsonaro disponibilizou R$ 1 milhão por ano para abertura de escolas cívico-militares, e a prefeitura de Vitória simplesmente recusou, nós vamos buscar abrir essas escolas aceitando os recursos do governo federal enquanto trabalhamos pra ampliar ofertas de CMEIs (Centro Municipal de Educação Infantil), pois vemos que no começo do ano letivo as famílias buscam vagas e não encontram, precisamos atender essa demanda. A gente também vê uma depreciação na qualidade do ensino das EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental), o professor não tem mecanismos para se aperfeiçoar na profissão e precisa trabalhar com salários defasados e precisamos mudar isso.”
Orçamento
“Podemos aumentar a receita da capital criando estabelecimentos federais como na área de saúde, porque não temos UPAs em Vitória? Criando esse tipo de serviço nós pagamos com o dinheiro público federal, tendo receita em caixa sem precisar adaptar o trabalho de gestão em cima dessa receita. Eu ainda espero ver a peça orçamentaria para trabalhar em cima disso, mas o que vemos hoje são compras e contratos majorados para objetivos eleitoreiros, a gente precisar dar um basta nisso, o empresário quer investir e quer trabalhar mas quer pagar o preço justo, é o que Bolsonaro está fazendo em Brasília, ele está pagando o preço justo pelo serviço que está sendo prestado.”
Turismo
“Temos que ir para as secretarias ligadas às licenças ambientais e fazer mudanças para facilitar a vida do empreendedor, vemos uma corrente ideológica tomando conta dessas secretarias, não vamos desprezar o meio ambiente mas precisamos dimensionar os nossos recursos para facilitar a exploração do turismo, temos como exemplo a dificuldade na construção, acredito, da maior tirolesa do país na Pedra dos Dois Olhos há algum tempo, não foi possível por conta de barreiras e de detalhes burocráticos, precisamos facilitar a chegada desses setores privados, como o uso da baía de Vitória para ecobalsas, com saídas de Jardim Camburi por exemplo até o lado oposto de Vitória, algo que não demanda muito tempo e que cria um modal de transporte mais seguro e prazeroso pra população.”
Mobilidade
“A caminho do trabalho conversei com um motorista de aplicativo e lhe perguntei se seu carro trepidava muito nas ruas da capital, eu apontei que o problema não era do seu veículo, e sim das falhas nas vias, que diminuem a velocidade segura de se deslocar em Vitória. Precisamos fazer com que as ações preventivas e de reparação ocorram durante os quatro anos da gestão, facilitando o ir e vir do cidadão, detalhes que facilitam a locomoção, precisamos sincronizar os semáforos, são semáforos convencionais que interrompem o fluxo de deslocamento dos veículos. Na questão do transporte público por exemplo podemos criar alternativas de transporte legalizado, como realocar empreendedores que trabalham com transportes escolares, dando mais opções de transporte à população.”
Polarização
“Em relação ao governador Renato Casagrande ser de um partido de ideologia oposta, eu vou estar como prefeito e ele como governador, os dois vão precisar um do outro, e talvez até ele precise mais de mim do que eu dele pela minha aproximação com o governo Bolsonaro, precisamos pensar, eu como prefeito e ele como governador, em uma relação amistosa com o governo federal. Temos recursos represados em Brasília por questões ideológicas, isso é ruim pro cidadão de Vitória e ruim para o governo do Estado, nós não temos que pensar dessa forma, não podemos recusar recursos nessa posição como gestor. Dei uma entrevista recentemente falando sobre isso, acredito que a ideologia virá de forma aprofundada nessas eleições, o povo brasileiro é conversador por natureza, e isso entrará em combate com essas outras visões opostas.”
Ouça a entrevista completa:
