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Diversão

Capixaba lança álbum de samba com músicas compostas na pandemia

O álbum “Samba na sombra”, de Júlia Almeida, homenageia a poeta capixaba Haydée Nicolussi

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Cantora capixaba lança álbum de samba com músicas compostas na pandemia. Foto: reprodução

Lançado nesta quarta-feira (20) pela cantora e compositora Júlia Almeida, o álbum “Samba na sombra” homenageia a poeta capixaba Haydée Nicolussi e traz mensagens positivas e esperançosas.

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Segundo álbum da artista, “Samba na sombra” traz cinco faixas inéditas compostas no período da pandemia: “O samba não pode parar”, “Futuro de um amor pretérito”, “Incendeia”, “Festa do samba” e Águas de Oxum”.

Todas as composições são de Júlia Almeida, sendo “O samba não pode parar” e “Águas de Oxum” em parceria com Sidney Porto.

Inspiração em Haydée Nicolussi 

Professora do Departamento de Línguas e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Júlia buscou inspiração na figura da poetisa Haydée Nicolussi (1905-1970), considerada a primeira escritora modernista do Espírito Santo, cuja obra ela pesquisa desde 2019. O título do álbum é uma referência a “Festa na sombra”, livro publicado pela escritora em 1943. Da mesma forma, o samba “Incendeia” promove uma homenagem à poetisa nascida em Alfredo Chaves, por meio de um samba dolente cuja melodia deságua no verso “Quem nasceu para iluminar não pode ver sua chama se apagar”.

Gravação

Gravado no Apê Estúdio, na Lapa (RJ), com acompanhamento do produtor e multiinstrumentista Paulista, o álbum “Samba na sombra” descortina a potência criativa de Júlia Almeida e a sua intimidade com o samba, gênero com o qual a compositora possui ligação afetiva desde a adolescência, quando se mudou com a família de Manhumirim (MG) para Niterói (RJ). Na cidade fluminense, pôde acompanhar rodas de capoeira, rodas de samba e ensaios das escolas de samba. O estudo musical teve breve início na infância, com o piano, e se aprofundou há sete anos, quando ela teve aulas de cavaquinho com o músico Sílvio Barbieri e, tempos depois, com o professor Eliseu Martins.

Ao longo das cinco faixas do álbum, percebem-se ecos de Dona Ivone Lara, Clara Nunes, Beth Carvalho, Cartola e Nelson Cavaquinho, entre outros sambistas que influenciaram Júlia Almeida.

Sobre a artista

Professora do Departamento de Línguas e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Júlia Almeida publicou os livros “Estudos delezeanos da linguagem”, pela Ed. da Unicamp; “Textualidades contemporâneas: palavra, imagem, cultura”, pela Edufes e “O fardo da autorrepresentação do brasileiro: discurso e contradiscurso”, pela Pontes. Organizou e participou de várias coletâneas sobre literatura e estudos culturais.

Em 2020, lançou seu primeiro álbum de sambas, “Vim pra roda, sim!”, reunindo cinco composições de sua autoria. Gravado no Apê Estúdio, no coração da Lapa (RJ), o disco contou com a participação do produtor e gaitista Rildo Hora, e teve seu conteúdo disponibilizado no canal da cantora no YouTube e nas plataformas digitais.