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Venda de carros híbridos cresce no ES; saiba como funciona tecnologia

Equipados com baterias e motores elétricos, os veículos reduzem o consumo de combustíveis líquidos, proporcionando economia

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Corolla Cross Híbrido, da Toyota. Foto: Divulgação

Corolla Cross Híbrido, da Toyota. Foto: Divulgação

O comércio de carros híbridos e elétricos está em alta no Espírito Santo. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em 2020 foram comercializados nove automóveis elétricos e 284 híbridos. Já em 2021, esses números mais que dobraram. Apenas entre janeiro e agosto foram vendidos 24 elétricos e 620 híbridos.

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Mas o que são essas novas tecnologias e porque elas vêm ganhando tanto destaque? De modo geral, são veículos que utilizam em seu sistema de tração a eletricidade. E como os recursos naturais para a produção de combustíveis líquidos são finitos, as montadoras têm apostado cada vez mais no desenvolvimento de fontes alternativas de energia.

São, portanto, uma porta de entrada para o futuro automotivo. Mas apesar das duas tecnologias terem em sua identidade um mesmo conceito, na prática elas também se diferem. E a diferença básica entre elas está debaixo do capô desses automóveis. E quem explica esse funcionamento é o mentor de Mobilidade Elétrica da Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE) do Brasil, Gustavo Giória.

Sob o capô do Corolla Cross Híbrido, o motor à combustão divide espaço com um motor elétrico. Foto: Vinicius Arruda

Sob o capô do Corolla Cross Híbrido, o motor à combustão divide espaço com um motor elétrico. Foto: Vinicius Arruda

“Um veículo elétrico é movido exclusivamente por seu motor elétrico. E toda a energia vem de uma bateria ou acumulador de energia. Para isso, os modelos possuem diferentes tipos de recarga, podendo utilizar tanto uma rede própria de alta tensão como uma rede domiciliar. No caso dos híbridos, o cenário é diferente. Todos utilizam a energia elétrica. Porém, ainda dependem de um motor à combustão para o pleno funcionamento do sistema e suas fontes de recarga elétrica podem variar”, explica Gustavo.

Confira algumas dessas variações:

Híbridos convencionais:

Os veículos do tipo “híbrido convencional” possuem uma tecnologia mais simplificada do conceito de recargas. Eles têm um motor elétrico e uma pequena bateria que armazena essa energia, otimizando o desempenho do veículo de acordo com a estratégia de cada montadora. Por não possuírem cabos de alimentação capazes de recarregar a energia na rede elétrica, a bateria é recarregada através do próprio funcionamento do carro convertendo a energia por meio do motor a combustão ou através das frenagens, através da energia cinética. “Ou seja, a energia gerada pela frenagem do automóvel ao invés de se dispersar em forma de calor é transformada em energia elétrica e armazenada, como se fosse um gerador”, explica Giória.

 do Corolla Cross híbrido indicando que a recarga automática da bateria está ocorrendo com o veículo em movimento. Foto: Vinicius Arruda

do Corolla Cross híbrido indicando que a recarga automática da bateria está ocorrendo com o veículo em movimento. Foto: Vinicius Arruda

Híbridos Plug-In:

Os carros do tipo “plug-in” também possuem um motor elétrico e também são capazes de converter e armazenar a energia cinética em energia elétrica. A principal diferença desta tecnologia é um cabo de alimentação que possibilita ao proprietário do veículo abastecer o mesmo diretamente em uma fonte externa de energia. “Suas baterias, inclusive, são maiores que a dos híbridos convencionais, mas ainda não dispensam o motor à combustão, limitando a autonomia elétrica do carro. De qualquer forma, o fato de ser um veículo recarregável já proporciona ao motorista maior economia de combustíveis líquidos”, afirma o engenheiro.

Investimentos que geram economia a longo prazo

Foi-se o tempo em que os preços dos carros populares faziam jus ao nome. No mercado, hoje, esses veículos zero quilômetro não custam menos de R$ 40 mil, considerando, inclusive, as versões de entrada. Logo, entre os híbridos e elétricos o cenário não seria diferente e os preços ultraam facilmente os R$ 140 mil, entre os modelos mais em conta.

 de monitor de energia indicando que o veículo está em movimento utilizando a bateria acumulada. Foto: Vinicius Arruda

de monitor de energia indicando que o veículo está em movimento utilizando a bateria acumulada. Foto: Vinicius Arruda

Mas isso tem um motivo. Segundo Gustavo Giória, um dos principais desafios enfrentados pelas montadoras de carros híbridos e elétricos é o custo da produção das baterias. “Além disso, temos a escala de produção industrial. Quanto mais você produz, mais barato fica. E um outro fator importante é a importação. Como muitos veículos ainda são importados, o câmbio e os impostos encarecem ainda mais esse valor”.

Quem compra um veículo desses, no entanto, não se arrepende. Pelo contrário. Na avaliação do Ilson José Hulle Filho, o automóvel é um investimento que se paga. Recentemente, ele adquiriu um Corolla Cross Híbrido, da Toyota. De acordo com ele, seus gastos com abastecimento de um veículo convencional girava na casa dos R$ 600 ao mês. Hoje, esse valor caiu para a metade.

“Não costumo trocar de carro com frequência e não pretendo trocá-lo com menos de cinco anos. Por isso, mesmo pagando um pouco mais caro agora, a longo prazo isso se transforma em uma grande economia. Já andei, por exemplo, cerca de 500km com apenas um tanque de combustível. Além do fato de poluir menos o meio ambiente, claro”, frisou o .

Confira um tour feito com o Corolla Cross Híbrido