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Terra dos Dinos: Prefeitura de Guarapari contesta versão do cancelamento
Gestão afirma que emitiu licença ambiental e que pendências do projeto são responsabilidade dos empreendedores

Projeto do parque temático de dinossauros seria construído em Guarapari. Foto: Divulgação
Após o anúncio de que o projeto do parque Terra dos Dinos em Guarapari foi cancelado, a prefeitura se manifestou oficialmente e contestou a versão apresentada pelos responsáveis pelo empreendimento. Segundo o município, foram adotadas todas as medidas para viabilizar o parque, incluindo a emissão da licença ambiental e a elaboração da licença de construção, que só não foi efetivada por falta de de um Termo de Compromisso pela empresa.
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O parque, anunciado em agosto de 2024, previa um investimento de cerca de R$ 30 milhões, na região de Buenos Aires, área de montanha do município. O projeto seguiria o modelo de sucesso de Miguel Pereira (RJ), onde o Terra dos Dinos virou fenômeno de público, com mais de 600 mil visitantes por ano.
Prefeitura alega que pendências são da empresa
Na nota, a prefeitura afirma que o processo começou ainda na gestão anterior e que, desde então, a atual istração atuou para orientar tecnicamente os empreendedores. O município destaca que, em abril deste ano, a empresa protocolou documentos, mas que ainda restam pendências documentais que impedem a continuidade do trâmite.
Além disso, a gestão cita que existem empecilhos ambientais vinculados a fiscalizações de outros órgãos, como o IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo), que também precisam ser resolvidos.
Empresário alegou falta de avanço no licenciamento
A resposta da prefeitura vem após o empresário Márcio Clare, idealizador do parque, afirmar em entrevista à revista Exame que o projeto foi cancelado devido à falta de avanços no licenciamento e na articulação local. “Já tínhamos feito investimento, comprado dinossauros, preparado tudo. Mas ficou claro que não existia parceria”, declarou Clare.
O grupo responsável pelo Terra dos Dinos informou que o parque em Guarapari faria parte de um plano de expansão nacional, que inclui unidades em Campos do Jordão (SP) e João Pessoa (PB), com previsão de R$ 200 milhões em investimentos até 2026.
Perda para o turismo e desenvolvimento local
Com o cancelamento, Guarapari deixa de receber um equipamento que tinha potencial para impulsionar o turismo, gerar empregos e movimentar a economia local, nos moldes do que ocorre em Miguel Pereira. Na cidade fluminense, o parque emprega 200 pessoas e movimenta pousadas, restaurantes e o comércio.
Ainda assim, a prefeitura reafirma que permanece aberta ao diálogo, comprometida com o desenvolvimento sustentável e a atração de novos empreendimentos. Segundo a gestão, só nos primeiros 100 dias de governo, foram aprovados mais de 2,1 milhões de metros quadrados em obras e analisados mais de mil processos de viabilidade econômica.
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