Dinheiro
Indústria do Espírito Santo recua 32% em junho
Queda foi ao comparar mesmo mês do ano anterior e teve influência por redução da produção da industria extrativa e metalurgia

Indústria extrativa teve queda na produção do Espírito Santo. Foto: Agência IBGE
O Espírito Santo teve a maior queda na produção industrial do país na comparação do resultado de junho deste ano com o mesmo mês do ano ado. Enquanto a média nacional de recuo foi de 9%, o Espírito Santo teve decréscimo de 32,4%, com forte influência da queda da produção da indústria extrativa (-47,9%) e metalúrgica (-30,8%). As informações são da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Segundo o IBGE, apesar do efeito-calendário positivo, já que junho de 2020 (21 dias) teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (2019), prevaleceu o movimento de menor intensidade no ritmo da produção industrial, ainda influenciada pelos efeitos do isolamento social e que afetou o processo de produção de várias unidades produtivas no país.
Apesar de em junho a produção do Espírito Santo ter atingido a marca positiva de 0,4% na comparação com maio de 2020, o crescimento foi bem inferior ao registrado no Brasil (8,9%). De maio para junho, cinco estados tiveram crescimento acima da média nacional: Amazonas (65,7%), Ceará (39,2%), Rio Grande do Sul (12,6%), São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%).
Ao analisar o acumulado de janeiro a junho, a queda no estado foi de 20,8%, a segunda mais intensa do país, ficando atrás apenas do Ceará (-22%). No Brasil, no acumulado dos primeiros seis meses do ano, a queda foi de 10,9%.
Para Marcelo Saintive, economista-chefe da Findes e Diretor Executivo do Ideies, apesar da variação positiva do mês comparado ao mês anterior, a redução comparando com o mês no ano anterior e no acumulado do ano é preocupante e ruim.
“O principal setor afetado em junho é o extrativo, que tem peso importante na economia capixaba. A indústria capixaba já não vinha performando bem antes da crise e agora acaba com situação se agravando”, avalia.
Para mudar o quadro, ele diz que a federação está focada com pensar a retomada da atividade e dos projetos, principalmente em infraestrutura, o que pode aumentar a competitividade da indústria como um todo.
