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Fecomércio: “Economia vai amargar prejuízos, mas situação é gravíssima”

As novas medidas restritivas foram anunciadas pelo governo do Estado para as federações e representantes das atividades econômicas

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Crise faz número de falências dar salto de 71,3% em junho e especialistas veem piora. Foto: Chico Guedes

Lojas fechadas no Centro de Vitória. Foto: Chico Guedes

 

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O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, diz que as novas medidas de restrição são “um remédio muito amargo para o comércio”, mas que nesse momento a situação é gravíssima, “e tem que ser tomado”. A federação prevê um prejuízo diário na ordem de R$ 18 milhões no varejo com o fechamento das atividades não essenciais.

As novas medidas restritivas foram anunciadas pelo governo do Estado para as federações e representantes das atividades econômicas no início da tarde desta quinta-feira (25), por volta das 12h30. A Fecomércio diz ter recebido com resignação as medidas impostas, umas vez que a situação está calamitosa no estado e, enquanto entidade, apesar dos interesses econômicos serem prioridade, nesse momento a vida deve ser preservada acima de tudo.

Para José Lino, a situação que a pandemia atingiu no estado é preocupante, e que as novas medidas restritivas anunciadas pelo governo do Estado nesta quinta-feira (25) impacta todos os setores da economia, e não mais só o comércio. “Entendemos que as medidas provocam um grande prejuízo à economia e boa parte do empresariado capixaba está relutante. Enquanto federação, estamos sim preocupados com o prejuízo, mas esse é momento de salvar vidas”, frisou o presidente da Fecomércio-ES.

José Lino detalhou que o setor atinge um faturamento em torno de R$ 30 milhões diários. Muitos conseguiram se adaptar à venda online nesse período de pandemia, porém, mesmo com o recurso, o prejuízo é de cerca de 60% do faturamento. Com as lojas fechadas, o impacto é de um prejuízo diário calculado em torno de R$ 18 milhões. E o período de quarentena se estende para o período da Páscoa, onde as lojas de chocolate aumentam o faturamento neste período.

Até as vendas online podem ser impactadas neste período. José Lino aponta que a suspensão da circulação do transporte coletivo pode impactar no deslocamento dos funcionários e o setor pode ter que parar também com as vendas online. Lino também lembrou que o retorno das atividades estava previsto para o dia 1º de abril, Sexta-Feira Santa, quando normalmente o comércio varejista não abre, por isso, vê um impacto menor neste sentido a respeito da prorrogação da quarentena.

“Se consultar as associações, principalmente de bairros, existe revolta devido às medidas restritivas, afinal, eles estão preocupados com as atividades econômicas. Não é que vamos bater palmas neste momento, também estamos preocupados, mas entendemos que a situação é difícil. Registramos aumento no número de contaminados, internações e óbitos. É necessário neste momento medidas mais rígidas. Mas estamos esperançosos de que no dia 5 de abril retomaremos as atividades”, ressaltou José Lino.