Dinheiro
Com tanta tecnologia, como acertar na contratação?
As ferramentas tecnológicas disponíveis podem facilitar a contratação, mas hoje nem tudo no processo de seleção está nas mãos das empresas

Contratação. Foto: FreePik
Já faz tempo, paramos de procurar por vagas de emprego nas páginas do jornal. Imprimir e distribuir currículo também já ficou no ado. O avanço voraz da tecnologia, que a todo tempo nos apresenta novas ferramentas, por vezes nos deixa confusos. Quando se trata do processo de contratação de colaboradores, uma dúvida costuma surgir: como inovar na hora de atrair e selecionar os profissionais? Como identificar aqueles que correspondem ao “perfil da empresa”, em um mundo onde a inteligência artificial ganha cada vez mais espaço?
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Essas e outras questões foram discutidas durante a sexta edição do Conecta RH, organizado pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer) e realizado em Vitória na última semana. Profissionais como a psicóloga e consultora de desenvolvimento humano, Jovaneide Polon, discutiram a importância de não desprezar o lado humano e coletivo durante o processo de seleção.
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“Uma boa entrevista ainda é um fator importante, não podemos desprezar o olho no olho. É necessário interagir. Nunca tivemos no mundo tantas comunidades reais e virtuais, e isso nos permite olhar para realidades diferentes. É olhar para o processo e ver onde é possível automatizar, e onde é preciso ter um olhar mais humano. Nós só vamos sobreviver se tivermos o olhar para o coletivo”, defende Jovaneide.
Nem só de portifólios, LinkedIn e ChatGPT se resume o mundo do trabalho. Para Lucas Fonseca, especialista em Mindset de Alta Performance, precisamos olhar menos para a tela. “Vivemos em um mundo de velocidade e alta performance. De alguma forma estamos olhando mais para a tela do que para as pessoas. E como indivíduos, somos todos diferentes. É preciso extrair dessas diferenças, uma oportunidade para o crescimento da empresa”, afirma.
O Presidente do Mastermind, Jamil Albuquerque, concorda e defende a pluralidade como essencial para sobrevivência das empresas. “É na bagunça da democracia que mora a riqueza. As empresas precisam ser diversas, não dá para ter apenas jovens ligados em tecnologias e nem tão pouco apenas profissionais experientes”, diz Albuquerque.
Por fim, é importante lembrar que as ferramentas tecnológicas disponíveis podem facilitar a contratação, mas hoje nem tudo no processo de seleção está nas mãos das empresas. “No ado a escolha era só da empresa, hoje isso mudou. O profissional também escolhe a empresa que quer trabalhar. A escolha também a pelo candidato, por aquilo que ele acredita e pelo tipo de empresa que se identifica. Não dá para ignorar o lado humano”, conclui Jovaneide Polon.
