fbpx

Dinheiro

Com recuo de 7,8% em maio, indústria capixaba tem maior queda do país

Resultado é relativo à comparação da produção de maio com o mês anterior. A produção industrial do Brasil teve aumento de 7,0%

Publicado

em

Brasil precisa capacitar 10,5 milhões de trabalhadores para a indústria até 2023. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Indústria teve recuou acentuado no Espírito Santo. Foto: Arquivo/Agência Brasil

A indústria capixaba apresentou o pior resultado do país no mês de maio. Enquanto a média nacional de crescimento foi de 7%, o Espírito Santo teve o recuo mais elevado do país (-7,8%), em comparação com o mês de abril. Foi o terceiro mês seguido de queda na produção, com perda de 30,9% nesse período. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Seis estados tiveram crescimento acima da média nacional: Paraná, com 24,1%, seguido por Pernambuco (20,5%) e Amazonas (17,3%); o Rio Grande do Sul cresceu 13,4%, São Paulo teve produção acrescida em 10,6% e a Bahia, 7,6%.

Ao comparar com o mês de maio de 2019, o IBGE apontou que o Espírito Santo ficou em terceiro lugar entre os estados com maior queda, com recuo de 31,7%. Por setores, as maiores quedas foram na metalurgia (-43,1%) e fabricação de produtos alimentícios (-36,1%).

As quedas mais intensas foram no Ceará (-50,8%) e Amazonas (-47,3%). O instituto de pesquisa apontou que entre os principais fatores está pandemia do coronavírus “Observa-se a clara diminuição do ritmo da produção por conta da influência dos efeitos do isolamento social”, aponta o órgão. Além disso, também contribuiu o calendário negativo, já que maio de 2020 (20 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Na variação dos últimos 12 meses, o Espírito Santo teve queda de 18,1% na produção, a maior apresentada no período no país. O índice foi puxado pela queda da produção da indústria de celulose e fabricação de papel (-28,1%) e da indústria extrativa (-24,2%).

Para Marcelo Saintive, economista-chefe da Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo) e diretor executivo do Ideies, os números deixam claro os impactos da pandemia da covid-19 no setor produtivo.  Segundo, ele o plano de retomada do crescimento do Espírito Santo, por exemplo, mapeia mais de 10 bilhões de reais em investimentos na área, com geração de 28 mil empregos

“A produção industrial do estado acumulou uma queda de 15,5% nesses cinco primeiros meses de 2020. O Brasil, mesmo com o crescimento de 7% em relação a abril também acumula uma queda de mais de dois dígitos (11,2%) no ano. Resultados que deixam claro o tamanho do impacto da pandemia de COVID-19 no setor produtivo. Esse cenário revela que em conjunto com o contínuo esforço pela preservação de vidas e pela garantia da segurança sanitária da população é necessário um planejamento preciso para a retomada das atividades econômicas. O investimento em infraestrutura é um clássico nessa direção”, avalia.