Vítima perde mais de R$ 75 mil em golpe do motoboy no ES

Uma nova vítima perdeu aproximadamente R$ 75 mil após cair no golpe do motoboy no Espírito Santo. A vítima fez a denúncia na última quinta-feira (18) e relatou que recebeu uma ligação informando sobre uma  transferência indevida em sua conta bancária. Em seguida, recebeu uma ligação de um suposto funcionário do banco pedindo informações pessoais para cancelar as transações e bloquear o cartão. O suposto representante bancário disse que enviaria um funcionário do banco para buscar o cartão da vítima em sua residência. O suposto funcionário foi até a casa da vítima, de carro, para retirar os cartões.

Depois, a vítima percebeu que foi retirado mais de R$ 75 mil da sua conta bancária. Os suspeitos fizeram transações e saques após pegar o cartão da titular da conta. Ao perceber o golpe, a vítima fez a ocorrência e a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e Delegacia de Defraudações (Defa) iniciaram as investigações.

Agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão na Serra e em Vila Velha. Duas pessoas foram conduzidas à delegacia, foram ouvidas e liberadas por falta de flagrante e indícios contundentes da participação no crime. A Divisão de Crimes Cibernéticos de São Paulo cumpriu um mandado de prisão com busca e apreensão. O suspeito teve a prisão preventiva decretada.

NÃO CAIA NO GOLPE

Esse é um dos principais golpes financeiros na praça hoje em dia. Em poucas palavras, ele se trata de um contato dos golpistas que se am pelo funcionário do seu banco, que pode ser por telefone, WhatsApp ou e-mail. Então, o criminoso afirma que “houve uma suspeita de compra suspeita no seu cartão”. Depois que a vítima nega, ele pede algumas informações. Entre os dados solicitados, estão:

– número do cartão;
– nome do titular;
– senha;
– código de segurança de 3 dígitos.

Tudo é feito de maneira muito plausível: o criminoso fala como se fosse um atendente de banco mesmo e usa até mesmo uma música de espera. Depois de “verificar os dados”, afirma que o cartão da vítima foi “clonado” e que será necessário cancelá-lo. Para isso, ele enviará um motoboy para buscar o documento.

Com o cartão e os dados nas mãos, os criminosos fazem sucessivas compras com o documento das vítimas. Elas podem ser presenciais ou on-line, normalmente até estourar o limite.

Você deve sempre se recusar a dar informações por telefone, WhatsApp ou e-mail para qualquer pessoa. O seu banco nunca vai pedir a senha ou o número do seu cartão de crédito. Por isso, não importa o quão realista seja a ligação, nunca forneça esses dados a terceiros.

Quando receber a ligação e os golpistas pedirem os dados, se recuse a fornecê-los e desligue o telefone. Depois, espere por 10 minutos e entre em contato com o seu banco por canais oficiais. Pode ser o número de telefone cadastrado no site ou o aplicativo no seu celular. Nesse contato, explique o que aconteceu. O atendente (esse, sim, de verdade) vai orientar sobre o que fazer.