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Verão começa nesta quarta-feira: saiba o que esperar da estação

O verão é normalmente a estação mais úmida e quente na região Sudeste

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Operação Verão começa nesta quinta-feira no litoral capixaba. Foto: Chico Guedes

Verão. Foto: Chico Guedes

 

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Começa precisamente às 18h48 desta quarta-feira (21) o verão no hemisfério sul, estação que só terminará no dia 20 de março de 2023. No Brasil, o período é caracterizado pelo aumento da temperatura em todas suas regiões, com dias mais longos do que as noites; e pelas mudanças rápidas das condições de tempo, favorecendo chuvas fortes, descargas elétricas e, dependendo da localidade, granizos e ventos com intensidade entre moderada e forte.

O verão é normalmente a estação mais úmida e quente na região Sudeste. A chuva forte e frequente é provocada por grandes nuvens cumulonimbus que se formam a partir da grande disponibilidade de calor e de umidade, e também por sistemas organizados como frentes frias e a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Outro sistema meteorológico que pode influenciar os verões no Sudeste, e atua como redutor da chuva, é o Anticiclone (ou Alta) Subtropical do Atlântico Sul, conhecido como ASAS.

“Em alguns anos, a chuva e a temperatura do verão também podem ser influenciados por fenômenos como El Niño e La Niña. Os verões de 2020 e de 2021 tiveram a influência do La Niña, que aumentaram a chuva especialmente no Centro, Norte e Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo”, explicou a meteorologista do Climatempo Josėlia Pegorim.

Ainda segundo a meteorologista, o verão de 2023 vai marcar o fim de um longo episódio de La Niña. A estação começa com o oceano Pacífico Equatorial Centro-leste em condição de La Niña, mas terminará em neutralidade. Um novo episódio de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) está sendo esperado para janeiro de 2023 e a previsão é de que se forme na primeira quinzena do mês. O eixo da ZCAS de janeiro deve ficar posicionado entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Em fevereiro é pouco provável que ocorra alguma organização de ZCAS, mas o sistema deve voltar a se formar durante o mês de março, com maior atividade ao norte e leste da região Sudeste.

Outra grande diferença do verão 2023 é que o Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) estará mais próximo do Brasil e vai influenciar o padrão de chuva e de temperatura no Sudeste em parte de janeiro e principalmente durante o mês de fevereiro de 2023.

JANEIRA

Para janeiro de 2023, a Climatempo prevê que o Espírito Santo devem terminar janeiro com um pouco menos de chuva do que a média. A aproximação do ASAS do Sudeste justifica a falta de chuva em janeiro no estado, e em grande parte de Minas Gerais e no centro-norte fluminense.

FEVEREIRO

Em fevereiro de 2023, o sistema de Alta Pressão Atmosférica do Atlântico Sul (ASAS) deve se aproximar mais do Brasil. Embora não haja previsão de bloqueio atmosférico clássico, nem em força e nem em persistência, a proximidade do ASAS vai afetar diretamente o Sudeste, reduzindo as condições para formação e permanência de áreas de instabilidade.

As pancadas de chuva devem ocorrer em resposta ao grande aquecimento da atmosfera, mas de forma irregular. As áreas do Sudeste mais afetadas pela aproximação do ASAS serão o Espírito Santo, o centro-norte do Rio de Janeiro e o centro, norte e leste de Minas Gerais

O ASAS também vai reduzir a frequência da chuva nas áreas litorâneas, o que pode resultar em temperaturas muito altas em alguns dias. O calor deve ser intenso ao longo do mês em todo o Sudeste. A previsão é de que o mês termine com temperaturas um pouco acima da média em todo o estado de São Paulo, em todo o Rio de Janeiro e no Espírito Santo e também no Sul, centro e leste de Minas Gerais. As quatro capitais e todo o litoral terão mais calor que o normal.

MARÇO

Em março de 2023, espera-se a organização de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul, com eixo entre Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. As áreas de instabilidade da ZCAS devem influenciar Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, fazendo com que estes três estados tenham mais chuva do que a média normal para março.

Segundo cálculos do Inmet para o período de 1991 a 2020, a média de precipitação Climatológica no Sudeste em março varia de 180 mm a 220 mm em São Paulo, no centro-sul do Rio de Janeiro e na maioria das áreas de Minas Gerais. No norte fluminense, no Espírito Santo, no norte e leste de Minas Gerais, a média normal de precipitação em março fica entre 140 e 180 mm. No Alto Paranaíba (MG) e algumas áreas do Triângulo Mineiro, esta média varia de 220 a 260 mm.