Dia a dia
Templos sustentáveis no Espírito Santo
Painéis fotovoltaicos alimentados pela luz do sol fornecem energia limpa, inesgotável e silenciosa para templos e Maanains
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A Igreja Cristã Maranata está implementando a 4ª usina de energia solar no Espírito Santo. Foto: Divulgação
A Igreja Cristã Maranata (ICM) vem adotando ações inovadoras para a preservação do meio ambiente. Uma dessas iniciativas é o uso de energia solar em templos e nos Maanains. Implantado há cerca de quatro anos no Espírito Santo, o sistema que gera energia por meio de painéis solares, instalados nos telhados das edificações, já alimenta quase 200 templos e Maanains no estado.
Atualmente, três usinas solares, localizadas no Maanain de Carapina e em dois templos (Praia da Costa 4 e Jardim Camburi 3), fornecem metade da energia consumida por toda a ICM no Espírito Santo.
E, em breve, todos os templos e Maanains do estado serão autossuficientes. Para isso, a ICM está implementando uma 4ª usina de energia fotovoltaica em território capixaba.
“Essa nova usina vai ter o dobro da capacidade atual e vai funcionar em uma propriedade rural, em Putiri, na Serra. A expectativa é de que a implantação seja realizada em seis meses”, explica o engenheiro eletricista Pablo Henrique Rodrigues, que é especialista em energia solar fotovoltaica e responsável pela implementação da energia solar em templos e Maanains de todo o Brasil.
O mesmo sistema já funciona com êxito em Minas Gerais, onde seis usinas produzem energia suficiente para atender a todos os templos e Maanains do estado vizinho.
“Minas foi o 1º estado do Brasil a ser autossuficiente e a intenção da ICM é continuar expandindo esse projeto e levando para outros estados, como Bahia e Rio de Janeiro. A ideia é que essa energia seja utilizada para uso geral e também para climatizar os templos das regiões mais quentes”, acrescenta o engenheiro eletricista Pablo Henrique Rodrigues.

O sistema de energia da ICM fotovoltaíca no estado já alimenta quase 200 templos e os Maanains. Foto: Divulgação
Funcionamento
Cada usina é formada por painéis solares e inversores, que recebem a luz do sol, convertem a luz em energia e a injetam na rede da concessionária, no caso do Espírito Santo, a EDP. Em média, cada usina tem uma vida útil de 25 anos.
O modelo escolhido pela ICM é o sistema de compensação de créditos, também chamado de sistema on-grid. Nessa modalidade, a unidade consome a energia que ela produz durante o dia e o que sobra é injetado na rede da concessionária.
Assim, durante à noite, quando não há produção, essa energia injetada volta a ficar disponível e atende aquela unidade, como por exemplo, no horário do culto.
“Como a quantidade de energia injetada na rede da concessionária é maior do que o local consome, a concessionária gera créditos que podem ser consumidos em outras unidades que não contam com painéis solares”, explica Pablo.
Impacto ambiental
Além de gerar economia com os custos de energia, e permitir que esses recursos sejam utilizados pela igreja em outras áreas, como por exemplo em ações sociais e na evangelização, o uso da energia solar reafirma o compromisso com a sustentabilidade.
A energia gerada por meio de painéis fotovoltaicos evita uma série de impactos negativos ao meio ambiente. Ao contrário da energia gerada por usinas hidrelétricas, a energia solar dispensa a desocupação de áreas, a criação de barragens e a transposição de rios, assim como a construção de grandes obras que afetam a fauna, a flora e as comunidades locais.
Se comparado às termoelétricas, que queimam carvão para produzir energia, os painéis fotovoltaicos também apresentam vantagem quando o assunto é a preservação do meio ambiente pois, sem a exploração de recursos naturais, há uma enorme redução da emissão de gases que causam o efeito estufa.
Dessa forma, a ICM contribui para a redução da emissão de CO2 na atmosfera, o que não ocorre quando há consumo de energia elétrica.
De acordo com o engenheiro Pablo Rodrigues, com a instalação da nova usina de energia solar no Espírito Santo, a quantidade de CO2 que deixará de ser emitida será de mais de 2 milhões de toneladas. “Essa quantidade gera ao meio ambiente o mesmo efeito que a reciclagem de 601 mil toneladas de lixo e o plantio de 12,6 mil árvores”, ressalta.
Novas tecnologias
Diante do objetivo de reduzir o impacto ambiental gerado pela energia consumida por seus membros, a ICM mantém uma busca constante por aperfeiçoamento e inovação.
Tanto que em agosto do último ano, membros da Igreja participaram do Intersolar South America 2019 – maior evento de energia solar da América Latina, que aconteceu em São Paulo.
Essa foi a primeira vez que representantes da Igreja estiveram no evento, com o objetivo de conhecer novas tecnologias para que o projeto de implantação de energia solar possa ser colocado em prática em todo o Brasil.
Participe!
Visite: www.igrejacristamaranata.org.br
