Dia a dia
Taxista e motorista de aplicativo morrem mais que policiais no ES
Os números revelam que a profissão de motorista de aplicativo ou taxista é mais perigosa que a de policiais

Motoristas de aplicativos cobram ferramentas que possam aumentar a segurança das corridas. Foto: Chico Guedes
Dados do Anuário Estadual de Segurança, divulgados nesta segunda-feira (25), mostram que a profissão de motoristas de aplicativo ou taxista é mais perigosa que a de policiais militares, acostumados a viver situações de confronto e violência.
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De acordo com o levantamento, no ano ado, foram seis motoristas mortos contra três militares assassinados durante o trabalho.
Os dados revelam ainda que, do total no ranking dos homicídios, a população em situação de rua foi a que registrou o maior número de ocorrências. Foram 11 no total. Em segundo lugar aparece a população LGBTQIA+, com nove casos.
Presidiários em regime fechado e semi-aberto somam 10 ocorrências.
Negros
Embora tenha registrado uma pequena queda, o número de assassinatos no Espírito Santo ainda é alto. De acordo com dados divulgados pelo Anuário Estadual de Segurança, em 2022 foram registrados 1.003 homicídios. O balanço representa uma queda de 5,7% em relação ao período anterior.
De acordo com o levantamento feito a partir de documentação, informação de boletim de ocorrência e da identificação do Departamento Médico Legal (DML), foi possível concluir que 52% das vítimas de homicídios dolosos no estado são homens negros (pardos ou pretos) com idade entre 15 e 29 anos.
A proporção de vítimas negras (somando pretos e pardos) aumentou no ano de 2022, representando 81%, enquanto em 2012 essa proporção era de 63,9%.
Ainda de acordo com o levantamento, há uma concentração na faixa etária que compreende dos 16 aos 25 anos, com 37% do total de vítimas.
Das vítimas com 10 anos ou menos, três dos seis casos foram em circunstâncias de proximidade, sendo acusados do crime os pais da própria criança.
Com a identificação das vítimas, a consulta no Sistema Integrado de Inteligência da Segurança Pública do Espírito Santo-SISP/ES apontou que 474 pessoas das 981 identificadas possuíam agem pelo sistema prisional ou algum mandado de prisão em aberto, o que representa 48% do total das vítimas.
