Dia a dia
Secretário de Saúde garante que atraso na 2ª dose não impacta imunização
Nésio Fernandes disse ainda que as pessoas devem buscar a segunda dose mesmo com dias de atraso

Coronavac. Foto: Governo do Estado de São Paulo
Diante da falta de regularidade na entrega de doses de vacinas contra covid-19 por parte do Ministério da Saúde, o Espírito Santo pode ter atraso na aplicação da segunda dose dos imunizantes. Entretanto, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, garante que a aplicação da vacina com dias de atraso não impacta na resposta imunológica.
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“O Ministério da Saúde, em determinada remessa, definiu que todas as vacinas enviadas deveriam ser utilizadas como primeira dose, com o compromisso da segunda dose correspondente. Não recebemos, na quantidade necessária, a segunda dose. Se não recebermos doses adicionais, não há nenhum problema aguardar um prazo um pouco maior do que o previsto”, detalhou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin.
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Durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (26), o secretário frisou que a vacina é um imunizante eficaz, capaz de produzir uma resposta imunológica poucas semanas após a aplicação, e o atraso de alguns dias na dose de reforço não deve impactar essa imunização já iniciada. Alertou que mesmo com dias de atraso, as pessoas devem fazer a aplicação.
“Não é possível afirmar que não há prejuízo na aplicação com atraso da segunda dose. No entanto, dados de estudos já publicados, na totalidade das doses que foram aplicadas com ampliação de prazo, a resposta imune foi melhor. Nós não limitamos que a fragilidade do processo de imunização seja tão grande que o atraso de uma ou duas semanas prejudique a vacinação”, ressaltou Nésio.
Ainda segundo o secretário, nas outras vacinas aplicadas contra outras doenças, 14 dias após a data marcada para a imunização já nem é considerada atraso. O Ministério da Saúde tem discutido com o Instituto Butantan junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para oficializar a ampliação do prazo da segunda dose. Foram recomendados estudos que possam confirmar que o atraso não impacta na imunização.
Suspensão do envio de doses
O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, esclareceu que o atraso se deu pela falta de regularidade na entrega de doses de vacinas contra covid-19 por parte do Ministério da Saúde. A falta de insumos para a produção da vacina pelo Instituto Butantan provocou uma suspensão do envio das doses. Próxima remessa deve chegar ao Espírito Santo no início de maio.
O Instituto Butantan recomenda que a segunda dose da CoronaVac deve ser aplicada em um período entre 14 e 28 dias após a primeira. Já quem recebeu a dose da vacina AstraZeneca/Oxford (que será produzida no Brasil pela Fiocruz) pode esperar um pouco mais: o período recomendado é três meses.
