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Rodoviários voltam a protestar e terminais da GV amanhecem vazios

Esse é o segundo dia de manifestações da categoria que pede o retorno dos cobradores para seus postos de trabalho

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Terminal de Campo Grande, em Cariacica. Foto: Reprodução

Terminal de Campo Grande, em Cariacica. Foto: Reprodução

Os terminais do sistema Transcol amanheceram vazios na manhã desta sexta-feira (10). Pelo segundo dia consecutivo, profissionais do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários) protestaram pelo retorno dos cobradores aos seus postos de trabalho. Os ônibus só foram liberados para deixar as garagens a partir das 7h. Ainda assim, a situação demorou para se normalizar e os pontos de ônibus ficaram lotados.

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No último dia 27, a categoria realizou um protesto em Vitória. O ato começou por volta das 6h na praça de Jucutuquara. Com faixas, cartazes e carros de som, motoristas e cobradores seguiram pela avenida Vitória em direção ao Palácio Anchieta, no Centro da capital, ocupando duas faixas da pista. O ato foi encerrado às 10h45. Nessa quinta (9) eles repetiram a manifestação. Em eata, o grupo seguiu mais uma vez até a sede do Poder Executivo capixaba onde fizeram suas reivindicações para o governador Renato Casagrande.

Os cobradores foram afastados dos coletivos em maio de 2020, ainda no início da pandemia, quando o dinheiro físico deixou de ser utilizado como forma de pagamento, com base em recomendações de autoridades sanitárias do Estado. No ano anterior, no entanto, o governo do Estado já planejava a redução do uso do dinheiro nos ônibus e o aumento da utilização do cartão GV. Para isso, foi anunciada a implantação, até 2022, de 600 ônibus com ar-condicionado, que não possuem a cadeira de cobrador.

No terminal de Itacibá, em Cariacica, quando os ônibus voltaram a circular, os ageiros se revoltaram pelo atraso e baixo número de veículos que rodavam naquele momento. Por esse motivo, iniciaram um novo protesto e fecharam a saída dos veículos alegando que muitos aguardavam pelo serviço desde as 4h30. A Polícia Militar teve que ser acionada para liberar o terminal.

Os protestos são irresponsáveis, diz o governo

Após o segundo dia de paralisação, o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Ney Damasceno, classificou os protestos como irresponsáveis. “Não tem o menor cabimento trazer esse prejuízo para a população. Mais ninguém é penalizado. Isso só atrapalha o trânsito, o ir e vir das pessoas e paralisa o sistema Transcol no período mais crítico. Não é dessa forma que vamos trazer qualquer solução para a categoria”.

Ainda de acordo com ele, todas as ações foram acompanhadas junto ao Sindicato, desde a requalificação dos profissionais até o plano de demissão voluntária e a garantia do emprego para esse trabalhador.

Questionado sobre a possibilidade de um retorno breve dos cobradores aos seus postos de trabalho, Damasceno disse que a medida ainda está sob estudos e que só deve ocorrer, sob um novo formato, a partir de 2022. “Ainda precisamos acabar a pandemia. Precisamos esperar encerrar 2021, para em 2022 termos uma nova concepção de cobradores, em um novo formato, com quantidade menor desses profissionais, com cobranças eletrônicas e somente nos ônibus sem ar-condicionado”.

Procurada, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de ageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) não comentou o caso.