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Dia a dia

Renova promete mais R$ 2 bi por tragédia da Samarco

Fundação afirma que até o fim do ano pagará mais R$ 2 bilhões em indenizações e auxílios financeiros aos atingidos pela tragédia, chegando a R$ 5 bilhões

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Alvo de protestos de moradores de Mariana (MG) e de ações judiciais do Ministério Público de Minas, a Fundação Renova – criada para gerir a reparação da tragédia da Samarco – afirma que até o fim do ano pagará mais R$ 2 bilhões em indenizações e auxílios financeiros aos atingidos pela tragédia, chegando a R$ 5 bilhões. O orçamento de R$ 5,86 bilhões para 2021 é o maior desde o desastre e elevará a R$ 17 bilhões o valor desembolsado em reparação e compensação por Vale e BHP Billiton, as donas da Samarco.

O plano plurianual da Renova estima R$ 24 bilhões até 2030, mas a cifra ainda está “sendo refinada”, disse o diretor-presidente da Renova, Andre de Freitas. A ruptura da barragem de Fundão, em novembro de 2015, deixou 19 mortos e levou um mar de lama às cidades próximas de Mariana e até o litoral do Espírito Santo, no maior desastre ambiental do Brasil.

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Freitas diz que o uso do Sistema Indenizatório Simplificado tem acelerado os pagamentos. Adotado em setembro de 2020 por decisão da Justiça em ações movidas por Comissões de Atingidos, ele permite indenizar trabalhadores cujos danos sofridos são de mais difícil comprovação. É o caso de artesãos, lavadeiras, areeiros, pescadores de subsistência e informais.

Segundo a Renova, o número de pessoas indenizadas pelo sistema dobrou em 40 dias. Até o início de fevereiro, 5 mil pessoas tinham recebido cerca de R$ 400 milhões. Nesta sexta-feira, 19, o total foi a 10 mil indenizados e R$ 900 milhões – de R$ 17 mil a R$ 567 mil por pessoa. A expectativa é que 42 mil pessoas de 22 localidades possam ser indenizadas por esse modelo. Ele exige que as pessoas sejam representadas por advogado ou defensor público.