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Dia a dia

Quase metade das transportadoras deve realizar demissão até o final de maio

Um terço das empresas de transporte já fizeram listas de desligamento devido à pandemia e outras 18% devem dispensar funcionários até o fim de maio

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caminhão, empresa de transporte

Um terço das empresas de transporte já demitiu na pandemia. Foto: Pixabay

Desde o início da pandemia do coronavírus, um terço dos transportadores do país já precisou realizar demissões. Outras 18,1% pretendem dispensar funcionários até o final de maio. Dessa forma, até o final do mês, 42% das empresas vão reduzir seus quadros de empregados.

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Os dados fazem parte da segunda rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte – Covid-19, publicada na última segunda-feira (4). O levantamento foi realizado com 600 empresas de transporte de cargas e de ageiros de todos os modais, entre os dias 20 e 24 de abril. A primeira fase da pesquisa foi divulgada no início de abril.

Dos transportadores entrevistados que já realizaram demissões, 72,7% demitiram até 49 empregados; outros 11,1% dispensaram 100 ou mais empregados.

Outras empresas de transporte optaram pela suspensão ou diminuição da carga horária dos seus empregados para evitar cortes. Dos transportadores entrevistados pela pesquisa, 47,5% já suspenderam ou pretendem suspender, temporariamente, os contratos de trabalho nos próximos 30 dias. Dos que já suspenderam, 52,5% realizaram a suspensão do contrato de até 49 empregados; e 23,2%, de 100 ou mais empregados.

Além disso, 47,9% poderão reduzir a carga horária dos seus empregados até o final de maio. O total de transportadores que já reduziu as jornadas chega a 33,2%. Entre os transportadores que optaram pela redução da jornada de trabalho com redução salarial, 60,8% decidiram pela diminuição de 25% da jornada; 49,7%, pela redução de 50%; e 30,7%, pela redução de 70%. Essas são as três faixas previstas na MP.

A segunda rodada da pesquisa realizada pela CNT revela um agravamento da crise vivenciada pelas transportadoras, com consequências diretas sobre os empregos. “Apesar de entender a importância das medidas já adotadas para reduzir os impactos da crise, os transportadores acreditam na necessidade da aplicação de medidas de apoio mais consistentes. É fundamental que essas medidas sejam aplicadas a todas as empresas, independentemente de seu porte. Só assim será possível assegurar empregos e manter a operação dos serviços de transporte, essenciais para o abastecimento do país”, destaca Vander Costa, presidente da Confederação Nacional do Transporte.