Dia a dia
Qual a relação entre abuso sexual e a fachada da basílica de Aparecida?
O templo possui obras de arte feitas por um padre acusado de abuso sexual

O Santuário de Aparecida possui obras de arte do padre Marko Ivan Rupnik. Foto: Divulgação / Shutterstock
As denúncias de abuso sexual contra o padre jesuíta Marko Ivan Rupnik podem respingar no Brasil, mais especificamente no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, templo localizado em São Paulo.
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O local possui mosaicos que revestem sua fachada e que são obra do Centro de Arte Espiritual Aletti, escola fundada pelo padre Rupnik, acusado de abusar de freiras adultas.
Ao todo, o Santuário possui quatro fachadas revestidas por mosaicos que representam cenas bíblicas. Segundo o próprio santuário, a “concepção artística” dessa obra “é do Centro de Arte Espiritual Aletti”, fundado por Rupnik.
Uma das fachadas, no entanto, ainda vai receber outra parte dos mosaicos. O Santuário diz que não há previsão para a instalação.
Proibição
De acordo com reportagem publicada no site da Igreja dos Capuchinhos, os jesuítas informaram que o delegado da Delegação para as Casas e Obras Interprovinciais Romanas da Companhia de Jesus (DIR) decidiram “promover um procedimento interno na Companhia onde o próprio padre Rupnik possa dar sua própria versão dos fatos”.
Diante deste procedimento, o padre Rupnik fica proibido de fazer qualquer exercício artístico público, especialmente em estruturas religiosas”.
A reportagem do ES 360 entrou em contato com a assessoria de imprensa do santuário que enviou a seguinte nota sobre o que será feito com os mosaicos existentes no templo: “O Santuário Nacional acompanha com atenção o caso e aguarda as orientações da Igreja para suas definições”.
O caso
Os abusos teriam acontecido entre 1980 e 2018 e, segundo a Associated Press (AP), os denunciantes seriam 14 mulheres e um homem e seriam “pessoas individuais” e outras “que fizeram parte do Centro Aletti”.
*Com informações do site Igreja dos Capuchinhos
