Dia a dia
Quadrilha que gerou prejuízo de R$ 500 mil com golpe é caçada no ES
Grupo cobrava entrada para poder entregar falsa carta de crédito e fez cerca de 20 vítimas no Espírito Santo

Procurados pela Polícia Civil em aplicar golpe da carta de crédito. Fotos: Divulgação/PC
A Polícia Civil está em busca de uma quadrilha acusada de aplicar golpes que geraram prejuízo de R$ 500 mil em Vitória. O grupo aplicava o golpe da falsa carta de crédito, cobrando entrada das vítimas para depois de um tempo entregar a suposta carta de consórcio contemplada.
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Segundo a polícia, cerca de 20 pessoas foram vítimas da quadrilha, que é de Minas Gerais e atuou no Espírito Santo de junho de 2020 a janeiro de 2021.
Estão com mandado de prisão preventiva em aberto os suspeitos Lucas Lanza Silva, Petterson Oswaldo da Silva Ribeiro, Leonardo Henrique Leal José, Thales Ribeiro Fernandes e Nubia Rezende Oliveira. Os suspeitos estão foragidos e a Polícia Civil pede ajuda à população para fazer denúncias pelo 181.
Segundo o titular da Delegacia Especializada em Crimes de Defraudações e Falsificações, Douglas Vieira, o grupo é formado por jovens de 18 a 25 anos que vieram de Minas Gerais com o objetivo de aplicar esse tipo de golpe. Em Minas, eles já tiveram agem pela polícia. “Eles abriram uma empresa de intermediação de consórcio, conta em banco no Espírito Santo e alugavam salas comerciais de alto padrão para dar mais credibilidade”, explica.
O grupo ofertava cartas de crédito que seriam supostamente contempladas com os valores entre R$ 35 mil a R$ 250 mil e cobravam entrada de R$ 5 mil a R$ 45 mil para entregar a carta entre 60 e 90 dias. O valor seria usado para compra de veículos e motocicletas.
O delegado explica que quando ava o prazo de entrega as vítimas procuravam a suposta empresa e o telefone tinha sido bloqueado e ao se dirigir à sala eles já tinham saído, pois alugavam as salas muitas vezes de forma semanal para fugir da polícia ou para quando o consumidor fosse cobrar não estar mais lá.
Segundo a polícia, alguns dos suspeitos já tinham trabalhado em empresas de consórcio e copiaram modelos de alguns contratos para dar mais credibilidade na farsa, mas faltava titular da nota e a, itens que não faltam e precisam ser checado numa carta de crédito.
Durante as investigações, a polícia verificou nas redes sociais dos suspeitos fotos com copo cheio de notas de R$ 100 e ostentando luxo e celulares caros com o dinheiro das vítimas.
O delegado deu dicas para se proteger desse tipo de golpe. “Desconfiem da venda de carta de crédito contemplada. A gente aconselha não acreditar na entrega posterior de crédito e de bens”, afirma.
