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Dia a dia

Professora universitária acusada de injúria racial é afastada da sala de aula

A estudante de Design de Moda usou as redes sociais para desabafar sobre uma suposta fala racista da professora Juliana Zuccolotto

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Juliana Zuccoloto, 61 anos, professora universitária, foi afastada das atividades em sala de aula após ser autuada em flagrante por injúria racial durante uma aula do curso de Design de Moda da Faesa. O caso foi denunciado na última quarta-feira (22) no perfil do Instagram da aluna Carolina Bittencourt.

Em nota, a Faesa disse que a professora já não está mais exercendo suas funções em sala de aula e um processo istrativo está em andamento, com a celeridade necessária, e todas as providências estão sendo tomadas. O Centro Universitário destaca que repudia todo e qualquer ato ou manifestação discriminatória e preconceituosa.

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O CASO

Carolina Bittencourt relatou o caso através das redes sociais

Na quarta-feira, Carolina Bittencourt, estudante de Design de Moda da Faesa, usou as redes sociais para desabafar sobre uma suposta fala racista da professora Juliana Zuccolotto. “Eu acabei de ar por um preconceito na sala de aula. A professora Juliana Zuccolotto falou sobre tatuagem, que a origem dela veio do presidiário. Eu estou muito nervosa, não consigo nem falar direito. Ela falou que era muito feio tatuagem, que era mais feio para quem tinha pele negra e parecia pele encardida”, contou a universitária, aos prantos.

Após a fala da professora, a estudante acionou a Polícia Militar. Juliana disse ter sido mal interpretada pelo comentário sobre a história da tatuagem. Ela se dispôs a ir à delegacia para esclarecer os fatos. As duas foram encaminhadas à Delegacia Regional de Vitória. A professora universitária foi autuada em flagrante por injúria racial. Ela foi liberada após o pagamento de fiança. O caso será investigado.

Em um áudio que está circulando nas redes sociais, uma outra estudante – que não quis ser identificada – relata que durante a apresentação de um trabalho, a professora aproveitou o tema para questionar se alguém tinha vontade de fazer tatuagem. Carolina levantou a mão, assim como outros colegas. Na sequência, Juliana teria feito o comentário racista.

“A professora falou bem assim: ‘acho tatuagem horrível, ainda mais em pele negra. Fica parecendo que está sujo, manchado. Eu nunca me tatuaria. Eu não sou escrava para ter a pele marcada’. Isso acabou com a menina. Na hora, ninguém notou, depois de uma meia hora ela saiu da sala e começou toda a confusão”, disse a estudante.

Até o início da tarde desta quinta-feira, a reportagem não conseguiu contato com Carolina e Juliana. O espaço está aberto para manifestação das duas quando acharem necessário.