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Presidente do Peru, Pedro Castillo é destituído e preso

O presidente havia anunciado que iria governar por meio de decretos-leis; ainda indicou que um toque de recolher seria imposto

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Pedro Castillo. Foto: Reprodução/Instagram

Pedro Castillo. Foto: Reprodução/Instagram

 

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O presidente do Peru, Pedro Castillo, foi preso após ser destituído do cargo pelo Congresso do país. Tudo aconteceu depois que Castillo fez o anúncio – que foi descrito como um “golpe de estado” por representantes de todo o espectro político.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Castillo, que é esquerda, acusa o Congresso de usar de poderes para impedi-lo de governar. O presidente havia anunciado que iria governar por meio de decretos-leis. Ainda indicou que um toque de recolher seria imposto. Jornais peruanos chamaram o ato de uma tentativa de golpe de estado.

O procurador-geral do Estado, Daniel Soria, apresentou uma denúncia criminal contra Castillo pela “suposta prática dos delitos de sedição, abuso de autoridade e grave perturbação da tranquilidade pública”.

Pedro Castillo, foi exonerado do cargo em processo de impeachment. O Congresso do Peru aprovou o afastamento do líder peruano após votação. Foram 101 votos a favor, 6 contra e 10 abstenções. A oposição direitista a Castillo conseguiu inclusive ultraar a quantidade mínima para aprovar o afastamento do então presidente, de 87 votos.

A Polícia Nacional do Peru anunciou em um tuíte, excluído posteriormente, que “em cumprimento de nossas faculdades e atribuições descritas no artigo 5 do DL nº 1267 da Lei de Polícia Nacional do Peru, as tropas do PNP intervêm junto ao ex-presidente Pedro Castillo”.

Castillo foi preso momentos depois, enquanto se preparava para deixar o Palácio do Governo. O Congresso determinou que a vice-presidente Dina Boluarte assumisse a Presidência.

ENTENDA A CRISE

Pedro Castillo foi eleito em 2021. Em uma eleição polarizada, ele surpreendeu derrotando Keiko Fujimori, que é filha do ex-presidente Alberto Fujimori. A candidata adversária chegou a ir à Justiça Eleitoral para questionar o resultado das eleições, o que causou uma série de manifestações feitas por apoiadores de Castillo e Fujimori. Keiko Fujimori só aceitou os resultados das urnas mais de um mês após o segundo turno das eleições.

Antes mesmo de assumir o cargo, ainda na campanha, Castillo já havia dado declarações polêmicas, ameaçando fechar o Congresso se os parlamentares não aceitassem os planos dele.